Wall Street terminou a sessão desta terça-feira com perdas moderadas. O S&P 500 perdeu 0,13% para 6.606,79 pontos, enquanto o Nasdaq Composite desceu 0,07% para 22.333,96 pontos. Já o Dow Jones recuou 0,27% para 45.758,27 pontos. No entanto os três principais índices dos Estados Unidos estão perto dos recordes atingidos nas sessões anteriores.
O facto de se perspetivar que o banco central norte-americano desça as taxas de juro, o que por vezes gera apetite pela realização de mais-valias, pode explicar a queda dos títulos.
A Reserva Federal (Fed) dos EUA deverá anunciar esta quarta-feira um corte nos juros diretores e, na véspera do anúncio, os investidores preferem adotar uma postura mais cautelosa, sem grandes movimentos.
Nem os dados das vendas a retalho, que subiram 0,6% em agosto, ajudaram a negociação no sentido da subida.
O mesmo aconteceu na Europa. As bolsas europeias agravaram o sentimento durante a tarde e a maioria terminou com perdas superiores a 1%. O Stoxx 600 caiu 1,14%. O alemão DAX desceu 1,77% para 23.329,24 pontos, o francês CAC-40 perdeu 1% para 7.818,22 pontos; o britânico FTSE 100 recuou 0,88% para 9.195,66 pontos. Já o neerlandês AEX tombou 0,83% para 911,52 pontos. O IBEX fechou a cair 1,51% para 15.163,30 pontos e o FTSE MIB de Milão também perdeu 1,28% para 42.504,56 pontos.
O PSI não foi exceção e perdeu 0,37% para 7.737,97 pontos. A liderar as perdas esteve a Jerónimo Martins que caiu 1,48% para 21,26 euros, a EDP Renováveis recuou -0,81% para 9,81 euros, seguida da EDP que cedeu 0,78% para 3,833 euros. Por outro lado, a Altri somou 1,41% para 5,020 euros e a Galp Energia subiu 1% para 16,20 euros.
O BCP perdeu -0,75% para 0,7150 euros. A banca italiana arrastou o setor para perdas depois que o Governo de Giorgia Meloni estar a considerar angariar fundos adicionais de 1,5 mil milhões de euros junto dos bancos italianos em 2027, adiando as suas deduções fiscais. O UniCredit perdeu 1,36% e o Intesa Sanpaolo caiu 2,3%.
“Os investidores mostraram-se algo receosos com a reação que os mercados possam ter amanhã às decisões de política monetária da Fed”, como referem os analistas da MTrader.
No seio empresarial de notar o ânimo da Thyssenkrupp perante uma oferta pela sua unidade de aço. A Kering prolongou a série de ganhos, puxada por um upgrade de uma casa de investimento.
A Fed iniciará o ciclo de cortes das taxas de juro, após as terem mantido entre 4,25% e 4,50% durante cinco reuniões consecutivas. Atualmente, os traders de taxas de juro apontam para uma probabilidade de 96% de o Comité de Política Monetária da Fed vir a decidir um corte de 25 pontos base na reunião que termina esta quarta-feira
Paolo Zanghieri, economista sénior na Generali AM, antecipa que a Fed poderá cortar até 100 pontos base entre setembro e o primeiro trimestre de 2026, impulsionada pela fragilidade do mercado laboral e por uma inflação subjacente do PCE que deverá manter-se acima dos 3%.
Expectativas de início de cortes da Fed e pressão política de Trump empurram o dólar para o nível mais baixo em dois meses face ao euro.
Por outro lado, o preço do barril de petróleo aumentou mais de 1,5% esta terça-feira depois da Rússia ter apontado para uma provável redução, ou até mesmo interrupção, da produção petrolífera depois dos ataques de drones ucranianos a portos e refinarias do país.
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