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Mercados foram pouco pressionados pela paralisação norte-americana

Apesar desta paralisação, os mercados não parecerem muito afetados, pois em Nova Iorque fecharam a semana com apenas o Nasdaq a registar perdas. Enquanto que o S&P500 e o Dow Jones renovaram máximos.
mercados PSI bolsa bolsa de Lisboa
6 Outubro 2025, 07h00

O início de outubro foi marcado pelo shutdown norte-americano, depois dos dois partidos [democratas e republicanos] não terem chegado a nenhum acordo sobre o orçamento de Estado, o que levou à paralisação de inúmeros serviços no país.

Apesar desta paralisação, os mercados não parecerem muito afetados, pois em Nova Iorque fecharam a semana com apenas o Nasdaq a registar perdas. Enquanto que o S&P500 e o Dow Jones renovaram máximos.

O shutdown norte-americano iniciou-se a 1 de outubro e ainda não tem data prevista para terminar. Na sexta-feira passada, a secretária de imprensa norte-americana, Karoline Leavitt, falou, reiterando algumas das ameaças feitas pelo presidente Donald Trump, nomeadamente, do despedimento de funcionários e a retirada de fundos de estados democratas, caso esta paralisação não chegue o fim.

Para os mercados, este shutdown resulta no adiamento da publicação de dados económicos, como foi o caso dos dados de criação de emprego, cuja divulgação estava prevista para sexta-feira.

Para além desta preocupação, os investidores têm de estar atentos a um possível enfraquecimento da maior economia global, uma vez que o shutdown tem implicações na economia. Este é já a segunda paralisação que acontece durante um mandato de Donald Trump, tendo a anterior ocorrido no seu primeiro mandato, com uma duração de 35 dias e um prejuízo de três mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros) no crescimento da economia norte-americana.

A sessão norte-americana foi sustentada pelo boom da inteligência artificial (IA), nomeadamente através das novas parcerias e da valorização das empresas da área, como foi o caso da OpenAI que atingiu os 500 mil milhões de dólares (425 mil milhões de euros).

Por cá, o PSI fechou do lado dos ganhos, em linha com as congéneres europeias, tendo mantido os máximos de cerca de 15 anos, com 8.115,02 pontos.

A EDP Renováveis impulsionou o índice, com uma subida de 2,53%, que depois do fecho de mercados anunciou a venda de um portefólio de ativos eólicos e solares nos Estados Unidos, que lhe renderá cerca de 800 milhões de dólares.

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