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Mercados globais recuperam após três dias de quedas intensas

Os índices europeus sobem mais de 1% depois de ontem o Stoxx600 ter acumulado uma queda superior a 15% desde máximos e acima de 10% desde que Trump anunciou as tarifas recíprocas.
8 Abril 2025, 09h23

Após três dias de quedas intensas, os mercados voltaram a negociar em terreno positivo esta terça-feira. Um sinal de otimismo que é realçado no último relatório da BA&N Research Unit.

“As bolsas globais estão a recuperar de três dias de quedas intensas, com os índices e as ações a marcarem ganhos generalizados num ambiente de forte volatilidade e incerteza sobre a política comercial dos Estados Unidos que ameaça lançar a economia mundial para uma guerra comercial que ditará uma recessão”, de acordo com estes analistas.

Assim, os índices europeus sobem mais de 1% depois de ontem o Stoxx600 ter acumulado uma queda superior a 15% desde máximos e acima de 10% desde que Trump anunciou as tarifas recíprocas. As ações asiáticas também recuperaram com força, depois de na segunda-feira terem registado uma queda recorde. O Nikkei disparou mais de 6% e o Hang Seng avançou 1,5%.

Wall Street viveu esta segunda-feira uma sessão louca de mudança de direção bruscas, com o S&P500 a variar mais de 7% durante do dia, acabando por fechar a sessão em queda muito ligeira. O índice chegou a acumular perdas superiores a 20% face a máximos, mas conseguiu escapar ao “bear market” no final da sessão.

O petróleo valoriza depois de atingido mínimos de quatro anos abaixo, o ouro valoriza pela primeira vez em quatro sessões e o dólar está a anular parte dos ganhos das últimas sessões. No mercado de obrigações as yields estão hoje a retomar a tendência descendente, depois de ontem as taxas terem disparado de forma surpreendente.

Os analistas estão numa corrida a rever em baixas as projeções para a evolução das ações em Wall Street e as estimativas para o crescimento da economia norte-americana, o que tem implicações significativas nas previsões dos resultados. O UBS efetuou um corte substancial, apontando agora para uma variação nula nos lucros das empresas do S&P500 em 2025.

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