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Mercados não percecionam agravamento dos riscos no Médio Oriente

O possível fecho do Estreito de Ormuz é agora o principal foco dos analistas já que é um importante ponto de passagem de petróleo e mercadorias na região. Cenário é pouco provável porque enfraquece o Irão, destaca a BA&N esta segunda-feira.
Essam-Al-Sudani/Reuters
23 Junho 2025, 09h22

Os mercados acionistas estão a demonstrar uma significativa resiliência face aos riscos colocados pelo agravamento do conflito no Médio Oriente, de acordo com a análise conhecida esta segunda-feira pela consultora BA&N.

“Os mercados acionistas globais estão a negociar em queda ligeira, escapando para já a reações significativas à escalada do conflito no Médio Oriente, com os investidores a confiarem que o envolvimento dos Estados Unidos vai enfraquecer a capacidade de resposta do Irão e colocar o país mais pressionado a aceitar um acordo de paz”, pode ler-se na nota partilhada pelos analistas da BA&N.

Da mesma forma, os tradicionais ativos de refúgio também seguem em terreno negativo, “confirmando que o mercado não está a percecionar um agravamento dos riscos no Médio Oriente”, destacam este analistas. Assim, o ouro negoceia com sinal vermelho e o iene perde contra o dólar, sendo que a moeda norte-americana volta a negociar em terreno positivo.

O Brent chegou a disparar mais de 5% para superar os 80 dólares por barril, mas acalmou após este disparo nas primeiras horas de negociação, seguindo nesta altura a valorizar 0,5% para 77,3 dólares. Acumula uma subida de 11% desde os primeiros ataques de Israel.

Os analistas do BA&N Research Unit consideram que o Irão “parece isolado na comunidade internacional e enfraquecido para responder a estes ataques, tendo até agora apenas ameaçado uma retaliação significativa”. Assim, “a possibilidade de uma resposta poderosa parece pouco provável e os investidores estão a avaliar os últimos desenvolvimentos como tendo uma maior probabilidade de forçar o Irão a aceitar um acordo que acabe com a instabilidade na região”.

O principal foco está em saber se o Irão vai optar por encerrar o Estreito de Ormuz, um importante ponto de passagem de petróleo e mercadorias na região. O fecho prolongado deste canal pode levar o petróleo aos três dígitos, mas os analistas continuam a ver este cenário como pouco provável, até porque enfraquece o Irão.

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