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Mercados voláteis: fator chave é “não entrar em pânico”

O alerta é da palestrante Bárbara Barroso, que sublinha a importância de os investidores não tomarem decisões emocionais e lembra que é em períodos de volatilidade que surgem, por vezes, as melhores oportunidades nos mercados.
23 Abril 2025, 07h00

Com a guerra comercial em curso, são muitos os movimento agressivos registados nos mercados de capitais. Neste contexto, importa, porém, “não entrar em pânico”, e esse é um fator decisivo, até porque estes momentos de volatilidade geram, muitas vezes, oportunidades de investimento.

A garantia foi deixada por Bárbara Barroso, que se especializou em finanças pessoais e fundou o projeto MoneyLab. A própria fundou o MoneyLab e lembra agora a importância de os investidores agirem com base na vertente racional.

“Em situações de pânico, acabam por não se tomar as melhores decisões, porque se está a reagir mais do ponto de vista emocional”, alerta a própria. Na sequência de as tarifas recíprocas terem seguidas por um período de “muita volatilidade”, importa agora olhar para outros momentos na história em que se registaram variações de amplitude semelhante.

“Os mercados tendem a ser cíclicos, a história repete-se e estes momentos de pânico muitas vezes são exatamente o inverso, são oportunidades de entrar no mercado com preços melhores”, assinala Bárbara Barroso. “Outro conselho é não estar sistematicamente a olhar para a carteira, porque causa aquilo a que se chama ansiedade financeira”, de acordo com a própria.

Assim sendo, no curto prazo há “movimentos muito violentos”, no entanto, “quando fazemos um zoom out e olhamos para os ciclos mais longos, para décadas, isto vai representar uns pontinhos”, lembra. Em simultâneo, a palestrante lembra a importância de diversificar a carteira, de forma a aumentar a exposição a uma variedade de ativos.

“Esta guerra comercial veio mostrar-nos a importância da diversificação”, que se revela “um ponto fundamental”. Prova disto é que as carteiras “com maior exposição aos mercados dos EUA” registaram variações mais bruscas. Assim sendo, ter um “portfólio balanceado em termos de risco acaba por ser uma escolha mais ponderada”, sublinha.

Deste modo, a própria destaca a importância de ter investimentos noutros mercados, que podem receber um maior volume de capital, em virtude da volatilidade registada à medida que se desenrola a guerra das tarifas. De qualquer forma, mesmo os mercados que não se vêem diretamente afetados pela guerra de tarifas, “acabam por ser indiretamente afetados”.

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