A chefe do governo alemão, Angela Merkel, disse na quinta-feira, 17 de outubro, aos seus homólogos da União Europeia (UE), durante a reunião do Conselho Europeu, que será inevitável adiar uma vez mais a data de saída do Reino Unido da UE caso os deputados do parlamento britânico chumbem o acordo alcançado entre o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com a Comissão Europeia.
De acordo com uma fonte próxima das negociações do Brexit, citada pelo “The Guardian”, a chanceler da Alemanha defendeu que a UE não poderia fingir que não permitiria uma extensão do prazo para o Brexit, caso esse adiamento fosse solicitado pelo Reino Unido. Esta posição terá sido anunciada durante as conversas dos líderes da UE sobre o Brexit, antes de ter sido anunciado o acordo com Londres.
Merkel terá descrito o Brexit como uma herança histórica que pesará sobre a UE e que os líderes europeus têm a responsabilidade de não empurrar o Reino Unido para fora do clube de Bruxelas se houver um pedido de mais adiamento.
Esta posição de Angela Merkel diverge do que o presidente cessante da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou após ter sido anunciado o acordo entre Londre e Bruxelas para o Brexit: de que um novo adiamento da concretização de todo processo estava “descartado”.
“Se temos um acordo, temos um acordo e não há necessidade de prolongamento”, afirmou Juncker.
Merkel também terá dito a Johnson para não dizer ao povo do Reino Unido que os líderes da UE não permitirão um novo adiamento. Embora os líderes da UE estejam ansiosos para que o acordo do Brexit seja aprovado, não querem entrar nas polémicas da vida política britânica.
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