A Meta, empresa por trás da rede social Facebook, está a criar um supercomputador que permita processar triliões (quintillions) de operações por segundo. A multinacional norte-americana anunciou esta segunda-feira que está a desenvolver o “AI Research SuperCluster” (com a sigla RSC), que está entre os supercomputadores de inteligência artificial (IA) mais rápidos do mundo e, segundo a tecnológica, será mesmo o número um assim que estiver concluído, em meados deste ano.
Os investigadores da Meta já começaram a utilizar o RSC para treinar grandes modelos em processamento de linguagem natural (NLP – Natural Language Processing) e visão computacional para investigação, com o objetivo de um dia treinar modelos com biliões de parâmetros, nomeadamente para reconhecimento de fala, entre outros.
O RSC, cujo investimento não foi revelado, irá ajudar os investigadores de IA da Meta a construir novos e melhorados modelos de IA que podem aprender com biliões de exemplos para trabalhar em centenas de diferentes idiomas, analisar textos de forma exímia, criar imagens e vídeo em conjunto ou desenvolver mais ferramentas de realidade aumentada, de acordo com a informação divulgada pela cotada no Nasdaq.
A Meta espera que o RSC ajude a construir sistemas de IA completamente novos que possam fazer traduções de voz em tempo real para grandes grupos de pessoas, cada uma a falar um idioma diferente, para que possam colaborar sem interrupções ou obstáculos num projeto de investigação ou jogar um jogo de realidade aumentada, por exemplo.
“O trabalho feito com o RSC irá abrir caminho para a construção de tecnologias para a próxima grande plataforma de computação, o metaverso, onde aplicações e produtos orientados por IA irão desempenhar um papel importante”, lê-se no comunicado enviado aos meios de comunicação social.
Quando o RSC estiver concluído, a rede InfiniBand (um padrão de comunicação usado em computação de alto desempenho) deverá conectar 16 mil unidades de processamento gráfico como endpoints, tornando-a numa das maiores redes desenvolvidas na atualidade, e ter um sistema de armazenamento capaz de servir 16 terabytes de training data e, mais tarde, até 1 exabyte.
Em fevereiro do ano passado, Portugal comprou, por 20 milhões de euros, o supercomputador petascale EuroHPC à tecnológica Fujitsu, através da parceria público-privada Empresa Comum Europeia para a Computação de Alto Desempenho (European High-Performance Computing Joint Undertaking).
É um dos mais rápidos do mundo. O equipamento computacional pesa 26 toneladas, consome cerca de 1,7 megawatts e tem uma capacidade de processamento de dez peta flops, o que significa que consegue executar dez mil biliões de instruções por segundo. O Deucalion, como se designa, está instalado no centro MACC, da Fundação para a Ciência e Tecnologia, e utiliza tecnologia ARM (Fujitsu A64FX CPU).
O MACC também trabalha com o primeiro supercomputador português de sempre, o BOB, que está instalado no centro de dados da REN em Riba d’Ave (Minho) e é gerido pela energética e pela operadora de telecomunicações NOS.
https://jornaleconomico.pt/noticias/bruxelas-quer-mais-supercomputadores-e-pede-aos-estados-membros-uma-abordagem-comum-para-implementar-5g-638549
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