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Metade das empresas não se importam de pagar mais pela sustentabilidade e eficiência energética

A procura por “smart buildings” é especialmente relevante num cenário onde o setor imobiliário, particularmente em Lisboa, enfrenta desafios significativos, já que cerca de 90% dos imóveis vagos não estão classificados como classe A.
2 Dezembro 2024, 19h23

Um estudo da CBRE, que atua no setor dos serviços imobiliários, destaca a crescente importância da conversão de edifícios em estruturas inteligentes, com foco na sustentabilidade e eficiência energética.

Este movimento é especialmente relevante num cenário onde o setor imobiliário, particularmente em Lisboa, enfrenta desafios significativos, já que cerca de 90% dos imóveis vagos não estão classificados como classe A.

Os edifícios inteligentes são projetados para otimizar recursos, utilizando sistemas automatizados que regulam a climatização e a iluminação conforme a ocupação e as condições ambientais.

Além de reduzir o consumo energético e os custos operacionais, essas estruturas melhoram a experiência dos utilizadores, promovendo bem-estar e segurança, sustenta o estudo.

A sua capacidade de integrar serviços digitais e permitir o controlo remoto torna-os ainda mais atrativos para empresas que valorizam inovação e sustentabilidade, sublinha no documento.

O estudo da CBRE revela que mais de 50% dos ocupantes estão dispostos a pagar mais por imóveis que adotem tecnologias sustentáveis.

Edifícios de classe A, tecnologicamente avançados, apresentam menos dificuldades para atrair inquilinos que paguem rendas mais altas e têm uma taxa de desocupação significativamente inferior em comparação com imóveis menos sofisticados.

Duarte Cardoso Ferreira, Senior Director & Strategic Advisory da CBRE Portugal, salienta que a transformação em ativos inteligentes é uma tendência essencial no mercado imobiliário atual.

Ressalta ainda que essa evolução vai além da eficiência operacional, visando criar espaços que atendam às exigências de sustentabilidade e conforto dos utilizadores, ao mesmo tempo que se reduzem custos e se melhora a eficiência energética.

De acordo com a CBRE essa abordagem não só aumenta a atratividade para inquilinos, mas também resulta em taxas de ocupação mais elevadas e um retorno de investimento mais rápido.

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