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Metade dos alunos do IPS estão expostos a atividades empreendedoras

O novo edifício é a resposta ao número crescente de candidaturas nacionais e solicitações internacionais, fruto da certificação pelo programa StartUp Visa, coordenado pelo IAPMEI.
6 Dezembro 2020, 18h30

O Politécnico de Setúbal vai multiplicar por seis a área de incubação atual ao dispor dos alunos. “É crucial a existência de um espaço que garanta a interação e que permita que as empresas fiquem instaladas durante mais tempo nas suas fases iniciais”, explica-nos Pedro Dominguinhos, presidente do IPS. A incubadora ficará instalada no campus da cidade sadina e visa, segundo nos adianta o professor, “a criação de uma base empresarial mais inovadora e tecnológica, possibilitando ainda a atração de novos investimentos e fomentando o ecossistema empresarial da região.”

O novo edifício é a resposta ao número crescente de candidaturas nacionais e solicitações internacionais, fruto da certificação pelo programa StartUp Visa, coordenado pelo IAPMEI. Ocupará mais de 320 m2 e inclui também o futuro Laboratório de Desporto e de Audiovisuais do IPS, pensado para acolher e desenvolver negócios inovadores na área das indústrias criativas. Trata-se de um investimento de 1,7 milhões, dos quais 40% financiados pelo Programa Operacional Lisboa 2020. Quando atingir a velocidade de cruzeiro espera-se que venha a albergar 40 ou 50 empregos. O contrato será assinado ainda este ano e o curso público respeitante à obra será lançado no início de 2021 e deverá estar concluído em 2023, revela Pedro Dominguinhos.

Além do novo espaço dedicado à incubação, o projeto de expansão da IPStartUp+, que é coordenada por Sandra Pinto, mestre em Inovação e Empreendedorismo, compreende também a requalificação dos dois espaços de incubação existentes nas escolas superiores de Tecnologia de Setúbal e do Barreiro, para laboratórios de Biotecnologia e Indústria 4.0, o que permitirá alavancar novos projetos e ideias de negócio nestas áreas.

Pedro Dominguinhos destaca o papel da incubadora no reforço dos três constituintes do triângulo: ensino, investigação e envolvente na área do empreendedorismo, um dos eixos centrais da estratégia da instituição a que preside. De uma forma ou de outra, cerca de metade dos seus 7.500 alunos atuais estão já expostos a atividades empreendedoras, dos quais cerca de três centenas mobilizados por duas iniciativas âncora: o concurso Poliempreende, iniciativa de que o Banco Santander é parceiro, e Mais Negócio Menos Desperdício dirigido a PME. “O empreendedorismo está fortemente enraizado, quer do ponto de vista do ensino e da investigação, quer da nossa relação com o exterior e está em crescimento”, afirma o presidente do Politécnico, lembrando que há, pelo menos, duas décadas que o IPS assumiu o compromisso de promover o empreendedorismo e que em meados dos anos noventa já ensinava nos cursos de Gestão uma disciplina chamada Criação de Empresas.

Implantado numa zona que cobre áreas industriais de relevo, como Setúbal, Barreiro e Sines, o politécnico aposta na formação da que é uma das áreas chave do futuro. E o seu presidente não esconde a ambição de multiplicar os 40 projetos que até à data incubaram na instituição.

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