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Os construtores europeus de automóveis entraram em crise profunda – uma situação que ficou bem visível pelas inesperadas dificuldades da gigante alemã VW, que, após ter apresentado um balanço do primeiro trimestre de 2024 muito interessante para os stakeholders, quase entrou em falência alguns meses depois.
Pedro Saraiva, CEO da Kinto e profundo conhecedor do setor, explica que a indústria passou por aquilo que parece ser “a tempestade perfeita” – um processo que começou com a pandemia de 2019. Finda a pressão sanitária, chegou a concorrência dos automóveis chineses – que, como disse Pedro Saraiva em entrevista, tinham uma grande vantagem à partida: “começaram do zero”, não tendo atrás de si a ‘âncora’ de necessitarem de amortizar investimentos anteriores à ‘era’ das soluções elétricas. É neste particular que surge o primeiro desequilíbrio entre a União Europeia e a China, em claro desfavor do bloco dos 27.
Depois veio a inflação – que no caso da União pareceu uma hiperinflação – que não foi benéfica para as vendas, mas teve o efeito de voltar a equilibrar a oferta com a procura. E agora surge mais um desafio: o novo quadro de emissões de CO2, que deverá entrar em vigor no início do próximo ano.
Algumas marcas terão, com certeza, dificuldade em cumprir as regras. E, se não as cumprirem, terão de pagar multas tão elevadas que a insolvência estará à espreita.
Vale a pena, por outro lado, conhecer um pouco da história da Kinto, uma empresa que resulta da aliança da Toyota com a Salvador Caetano (que veio mesmo para ficar, como dizia a publicidade da década de 1970). É uma empresa da área da mobilidade flexível que tem soluções de grande interesse.
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