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Método de pagamento Buy Now, Pay Later tem crescido

Tiago Oom, diretor da REDUNIQ, abriu a sessão, referindo que a área dos pagamentos “tem sido uma área que mais inovação tem trazido”, com a criação de novos métodos de pagamento, a nova versão do dinheiro e as novas infraestruturas que existem.
13 Maio 2025, 14h48

A REDUNIQ, a primeira empresa portuguesa a aceitar pagamentos em Portugal e que faz parte da UNICRE, realizou uma conferência com o mote de “Buy Now, Pay Later” (BNPL), na qual se debateu o futuro do setor dos pagamentos e do consumo em Portugal.

Tiago Oom, diretor da REDUNIQ, abriu a sessão, referindo que a área dos pagamentos “tem sido uma área que mais inovação tem trazido”, com a criação de novos métodos de pagamento, a nova versão do dinheiro e as novas infraestruturas que existem.

A tecnologia tem sido um grande impulsionador nesta área, que quase nos fez abandonar os pagamentos em dinheiro físico. “A relação com o dinheiro está a entrar numa nova era”, afirmou Rui Dias Alves, fundador e diretor da Sensing the World. “Se olharmos para o mundo de pagamentos andou em duas infraestruturas, dinheiro e cartões. O que se tem observado nos últimos anos é o afirmar de tendências como a desmaterialização, digitalização e infraestruturas”.

Com tanta mudança e inovação, Rui Dias Alves refere que os “meios de pagamento não suportam só o pagamento, mais também criam um modelo de negócio”.

A constante evolução do dinheiro fez com que os consumidores criassem uma nova relação com este, uma vez que o seu formato mudou, existem novos conceitos e funções, meios e os métodos de pagamentos também se alteraram, o que fez com que se registasse uma alteração na experiência de pagamento, nos formatos de pagamentos e até no crédito.

Com todas estas alterações e possibilidades, o BNPL também veio impactar, apesar de não ser um conceito inovador, porque assenta na possibilidade de comprar agora e pagar em parcelas. O BNPL é “mais atrativo, dá uma maior previsibilidade, e a grande parte dos BNPL têm uma taxa de juro de 0%”, referiu Andreia de Caires, da Mastercard.

Perante esta opção, o que se regista é “um crescimento na adoção desta opção por parte dos consumidores e retalhistas”, afirmou Andreia de Caires.

Apesar da existência desta possibilidade, estudos mostram que os consumidores continuam a preferir pagar à cabeça, contudo 59% dos consumidores referem que consideram utilizar esta opção numa compra. Os dados também mostram que esta tendência deve atingir os 480 milhões de utilizadores até 2028, assim como deve chegar aos 300 mil milhões de dólares no mesmo ano.

Andreia de Caires refere que o crescimento desta tendência foi impulsionado pelo e-commerce, assim como pela Inteligência Artificial (IA), uma vez que, recorrendo a esta tecnologia, os retalhistas conseguem criar um perfil sobre o consumidor e assim avaliar o risco de fornecerem um BNPL.

A hiper-personalização também tem sido uma tendência, no entanto, a diretor global product management da Mastercard diz que “ainda estamos no início desta experiência, contudo estas tendências podem ser decisivas para o consumidor”.

Em Portugal, os dados da Mastercard mostram que dos utilizadores que já usam esta opção de pagamento, 39% considerariam adiar uma compra caso esta opção não esteja disponível e 16% dos consumidores não a faria.

Apesar do seu crescimento, esta tendência traz consigo desafios, nomeadamente os da literacia e do léxico, a entrada de novos players e modelos de negócio, a recriação de relações, a confiança e segurança e a infraestruturas.

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