O número de entradas ilegais no território da União Europeia, através do mar Mediterrâneo, caiu 30% entre janeiro e julho de 2019, relativamente ao mesmo período do ano passado, revelou a agência europeia de fronteira (Frontex). O relatório desta agência, noticiado pelo ‘El País’, assume que a Europa não está a sofrer uma emergência migratória, contrariamente às informações de Matteo Salvini.
As rotas mais movimentadas têm sido as da Grécia e Espanha, e não as que levam a Itália, esclarece o mesmo relatório. No entanto, as entradas registadas durante o mês de julho aumentaram 4% em comparação com o mês anterior, com 10.500 movimentações. Ainda assim, a migração apresentou uma queda de 50% face ao ano de 2018.
O balanço mensal da Frontex indica que a redução do número de chegadas ocorreu em todas as rotas do Mediterrâneo, embora a mais pronunciada, de quase 75%, seja a que leva à Itália. Na rota leste, em direção à Grécia, a redução é de apenas 6% e continua a ser a mais movimentada de todas em 2019. Em segundo lugar está a rota ocidental, que leva à Espanha.
A rota para as costas espanholas registou um aumento de 22% em julho, para 2.900 travessias ilegais. O número quase que triplica as chegadas a Itália no mesmo mês, que apresentou 1.100 movimentações. Mesmo assim, no período de janeiro a julho, as entradas diminuíram 41% em relação aos primeiros sete meses de 2018, para 13 mil movimentações.
Apesar dos dados indicarem uma tendência de queda nas entradas, o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, retomou a sua campanha na terça-feira sobre a alegada invasão de emigrantes provenientes da costa africana. “Trabalhei no Ministério esta manhã para impedir o desembarque de outros 500 imigrantes à beira de dois navios de ONGs, um francês e um espanhol”, Salvini publicou na sua rede social Twitter após sua visita às praias italianas.
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