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Miguel Albuquerque: Orçamento do Estado “é uma vergonha” para a Madeira

O governante concordou com a decisão anunciada pelo líder nacional do PSD, Rui Rio, de votar contra este Orçamento.
22 Outubro 2020, 13h35

“Este Orçamento [do Estado] é uma vergonha para a Região. Nada está consubstanciado neste orçamento que traga qualquer benefício para a Região, nem, aliás, os compromissos anteriores do Governo estão lá consubstanciados”, referiu o Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.

Neste sentido, o governante concordou com a decisão anunciada pelo líder nacional do PSD, Rui Rio, de votar contra este Orçamento. “Acho muito bem. Nós não podemos votar num orçamento que não diz nada, não traz nada de novo e que está sujeito às chantagens dos partidos extremistas da Geringonça”, realçou.

“Acho que a atitude coerente é o chumbo deste Orçamento. Evidentemente que o PS vai continuar a fazer aquele melodrama com os partidos da coligação, porque eles estão todos ligados uns aos outros, aquilo é tudo fita, é só para disfarçar, eles estão feitos, e não há qualquer solução para o País”, vincou.

Miguel Albuquerque frisou ainda que o Orçamento do Estado para 20221 não contempla uma serie de compromissos relativamente à mobilidade aérea, como a questão de os madeirenses passarem a pagar apenas os 86 euros nas deslocações ao Continente, bem como relativamente à mobilidade marítima, com a questão do ferry.

“Não tem nada para a Região. A Região já é prejudicada pelas alterações que foram introduzidas à Lei das Finanças Regionais, aliás isso já foi exaustivamente debatido, e depois os compromissos relativamente à mobilidade aérea, mobilidade marítima e tudo aquilo que constava de um conjunto de afirmações que o Primeiro-Ministro fez quando veio aqui em campanha eleitoral para as regionais, nada disso está consubstanciado no Orçamento”, sublinhou.

Neste sentido, o chefe do Executivo madeirense frisou que a Madeira vai continuar no seu caminho, sem a solidariedade nacional e sem qualquer ajuda para fazer face às dificuldades que a Região está a enfrentar por consequência da pandemia.

Já relativamente ao aval do Estado ao empréstimo de 458 milhões que a Região vai efetuar, Miguel Albuquerque garantiu que este não vai ser dado. “Nem a palavra do Presidente da República eles sequer respeitam, portanto temos que avançar, aliás já avançamos, e vamos concretizar este empréstimo, porque nós precisamos rapidamente do dinheiro”.

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