O Vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal (CMF), Miguel Gouveia, disse em entrevista ao Económico Madeira, que se deve dar mais atenção ao envelhecimento ativo, “como damos hoje-em-dia à educação”. O governante falava relativamente à mudança de cenário da pirâmide demográfica na Madeira.
“Estávamos habituados a trabalhar com um cenário de pirâmide demográfica em que as camadas mais jovens tinham sempre a possibilidade de fazer a renovação geracional”, comparando com a situação atual, em que já se verifica o encerramento de escolas primárias.
Sendo assim, Miguel Gouveia defende que os planos de investimento, seja a nível nacional, regional, ou até mesmo municipal, devem ter em conta esta “nova realidade, que é saber que daqui a dez anos vamos ter, provavelmente, 25% da população já acima dos 60 anos”, lembrando que esta população, que tem qualificações, tem capacidade para ser ativa e produtiva para a sociedade, embora já vá estar na reforma.
O Vice-presidente da CMF ainda falou sobre os efeitos da disrupção tecnológica e dos efeitos socio-económicos que isso traz, nomeadamente no emprego, salientando a cada vez maior necessidade de “empregos muito mais qualificados”.
“Do ponto de vista social nós, entidades públicas, temos de garantir o mínimo, e essa garantia passa por uma rede de distribuição de riqueza social-democrata”, concluiu Miguel Gouveia.
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