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Miguel Pinto Luz garante que o terreno para o novo campo de tiro da Força Aérea está identificado

O ministro das Infraestruturas não revela ainda o local, mas garante que está escolhido e diz que este é praticamente o único custo (de aquisição e preparação do novo campo de tiro) que vai ser suportado pelo Orçamento do Estado.
© Cristina Bernardo
26 Janeiro 2025, 19h27

O Ministro das Infraestruturas e da Habitação revelou, primeiro em entrevista à CNN na semana passada, e este domingo à TSF, que terreno para o novo campo de tiro da Força Aérea está identificado. “Obrigatório para estarmos na NATO ter um campo de tiro”, em linha com os pré-requisitos desta aliança, lembrou Miguel Pinto Luz.

O ministro das Infraestruturas não revela ainda o local, mas garante que este é praticamente o único custo (de aquisição e preparação do novo campo de tiro) que vai ser suportado pelo Orçamento do Estado para construir o novo aeroporto de Lisboa que vai ser em Alcochete onde está hoje o atual campo de tiro.

Na entrevista da CNN Portugal, na passada quarta-feira, Miguel Pinto Luz foi ainda confrontado com o acordo que a TAP assinou com os pilotos e que pode custar 60 milhões de euros por ano. O ministro disse que não o conhecia e referiu que vai analisar o acordo, que remonta à anterior gestão, antes de se pronunciar.

Mas considera que a  TAP “é uma empresa cobiçada e com muitos interessados” e que o acordo não compromete esse interesse por causas das rotas, do hub em Lisboa, e da situação financeira saudável.

Miguel Pinto Luz disse ainda que a privatização vai ser feita “com o maior acordo partidário possível” para garantir que no futuro não voltará a ser preciso uma injeção de 3,2 mil milhões de euros “dos contribuintes”.

O processo de privatização da TAP começou no anterior Governo, e o atual Ministro disse na mesma entrevista que a Parpública está mandatada para fazer os todos os passos necessários para avançar com a operação.

O Governo vai fazer “um novo decreto-lei que reinicia o processo de privatização da TAP e as respetivas balizas”.

Miguel Pinto Luz admite que defende a venda de 100% da TAP, mas sendo preciso consenso político porque “somos um Governo minoritário” a percentagem a ser vendida vai ser a que resultar de um acordo político. Pedro Nuno Santos, líder do PS, já disse que o PS não vai permitir privatização da maioria do capital da TAP.

O Ministro das Infraestruturas disse ainda que a sua preocupação é tentar devolver aos portugueses os 3,2 mil milhões de euros que lá foram injetados.

As três grandes interessados na compra da TAP que já se reuniram com o governo são o International Airlines Group, dono da British Airways e da Ibéria, a Air France-KLM e a alemã Lufthansa.

Miguel Pinto Luz citou o primeiro-ministro Luís Montenegro para dizer que não aceitam que seja colocado em causa o hub de Lisboa, as rotas para a América do Sul e América do Norte, e o interesse estratégico da companhia. Para isso “não vendemos e a TAP fica como está”.

Sobre o prolongamento do acordo de concessão da ANA de 30 anos, disse que o Governo tem dúvidas porque o relatório é omisso em dados cabais que justifiquem esses 30 anos.

“Queremos ter a discussão do valor da construção, os 8,5 mil milhões e do prazo de construção, achamos que é possível reduzir”, disse.

“O que o Governo sinaliza como positivo é a Vinci aceitar fazer este aeroporto sem o apport do Orçamento de Estado, recorrendo só ao crescimento das taxas”, referiu o Ministro.

A terceira travessia do Tejo vai ser financiada num modelo similar ao da Lusoponte para a Ponte Vasco da Gama. A IP irá apresentar em breve os estudos para terceira travessia, revelou.

 

 

 

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