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Ministério da Saúde está a desenvolver solução eletrónica para identificar passageiros de aviões

Solução eletrónica está a ser desenvolvida pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde para substituir método clássico, em papel, que identifica o local do passageiro infetado e das pessoas à sua volta no avião.
13 Junho 2020, 15h33

O Ministério da Saúde está a desenvolver uma solução eletrónica para identificar todos os passageiros de aviões que venham a testar positivo no caso da Covid-19, assim como todos os que estiveram em contacto com ele nos assentos ao lado, à frente e atrás, para facilitar o rastreio dos contactos e evitar novas cadeias de contágio da pandemia.

A revelação foi feita hoje, dia 13 de junho, por Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, na conferência de imprensa diária sobre o ponto da situação sobre a evolução da pandemia em Portugal.

Referindo-se à abertura gradual das fronteiras aéreas, em particular dentro do espaço da União Europeia, a partir de 15 de junho, próxima segunda-feira, Graça Freitas adiantou que “está a ser desenvolvido um plano”, havendo uma medida que já está em vigor, respeitante ao controlo da temperatura feito aos passageiros nos três principais aeroportos do país: Lisboa, Porto e Faro.

“Depois, continuamos a investir muito na informação que é dada aos passageiros que vêm nesses voos para, se tiverem sintomas, saberem o que devem e podem fazer e entrarem no circuito de forma ordenada, através da linha SNS  24”, explicou Graça Freitas.

A diretora geral da Saúde revelou ainda que, “depois, também estamos a trabalhar noutro tipo de medidas que tem a ver com descobrir e perceber em que sítio do avião cada passageiro viajou, quem eram as pessoas na fila à frente, para trás e para os lados, porque estes voos podem trazer alguém potencialmente doente”.

“Essa pessoa doente é detetada depois em Portugal e importa ir fazer o rastreio das pessoas que estão à volta dessa pessoa. Estes cartões têm sdo feitos tradicionalmente em papel, pela forma clássica, mas há já mecanismos para transformar isto em cartões eletrónicos, em formas mais expeditas de registar essa informação. E o Ministério da Saúde, através dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, está a trabalhar numa solução eletrónica que venha a facilitar a logística de poder encontrar um passageiro doente aqui em Portugal e, a partir desse, poder encontrar quem foram as pessoas que viajaram perto dele, e fazer todo um rastreio de contactos”, revelou Graça Freitas.

Segundo a diretora-geral da Saúde, “é todo um trabalho que está a ser desenvolvido neste momento para facilitar a vida às companhias aéreas, aos passageiros e às autoridades de saúde”.

“Obviamente, podemos fazer isto por fases e começar por aquilo que consideramos os países com maior risco, aqueles que tiveram uma maior atividade epidemiológica. Mas, uma vez que esteja disponível um sistema eletrónico e de fácil acesso, será generalizado a todos os voos. Se for por papel, por métido clássico, aí sim, poderemos ter de considerar primeiro uns voos e depois outros, porque a logística é, de facto, muito grande. Mas a ideia é generalizar a todas as companhias e a todos os voos e essa vai ser a tendência”, defendeu Graça Freitas.

De acordo com esta responsável, “as novas medidas vão ser implementadas gradualmente”.

“Todos os dias detetamos casos [de pessoas doentes com Covid-19] que vieram nesses voos. Vamos começar a trabalhar numa solução eletrónica, que alivia esta carga de trabalho”, assegurou Graça Freitas.

Questionada sobre o número de pessoas infetadas que tem sido detetada a partir dos voos chegados a Portugal, a diretora-geral da Saúde respondeu: “Não sei dizer exatamente quantos casos é que foram detetados, mas sei que é frequente, a minha colega que trabalha na Sanidade Internacional, identificar um ou dois casos em determinados voos; não é em todos, mas não é uma situação rara, acontece com alguma frequência”.

 

 

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