O Ministério do Mar prevê o crescimento da movimentação de mercadorias em todos os portos do continente durante o presente ano e o estabelecimento de diversos recordes.
Apesar de um recuo de 10,9% registado no primeiro trimestre deste ano, para 21,9 milhões de toneladas movimentadas, o ministério liderado por Ana Paula Vitorino defende que “importa salientar que os meses de março e, sobretudo, de abril já denotaram sinais de retoma que apontam para um regresso à tendência de crescimento”.
“(…) Com a estabilização das condições climatéricas e das operações portuárias, surgiram os primeiros sinais de recuperação. O porto de Leixões, por exemplo, depois de registar um primeiro trimestre com uma quebra acumulada de -4,67% (fortemente impactado pelas condições climatéricas que fizeram perder 20% de carga no mês de março), registou um excelente mês de abril (+16%) e já está a crescer no primeiro quadrimestre deste ano face ao mesmo período de 2017 (+0,47%) – e é importante lembrar que 2017 foi o melhor ano de sempre no porto de Leixões”, destaca um comunicado do Ministério do Mar.
De acordo com esse documento, “também o porto de Lisboa já mostra sinais de retoma e, depois de registar quebras nas movimentações de janeiro e fevereiro, evidenciou sintomas de recuperação em março, que se confirmaram no mês de abril e que resultaram já num aumento de 2,5% no tráfego de granéis sólidos no presente quadrimestre, quando comparado com os primeiros quatro meses de 2017”.
“No porto de Lisboa, as perspetivas apontam para um 2018 a crescer, sendo de prever que termine o exercício com um aumento de movimentação de mercadorias na ordem dos 3% – que, a confirmar-se, fará deste o melhor ano de sempre da última década!”, congratula-se o Ministério do Mar.
No porto de Aveiro, ainda no primeiro quadrimestre de 2018, foram movimentadas “perto de 1,8 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 8,71% face ao período homólogo de 2017, mantendo assim a trajetória de crescimento acentuado que já tinha ficado evidente no ano passado”, sendo de “prever novo ano de máximos (as estimativas apontam para que cresça 2% em 2018), depois do volume histórico alcançado em 2017”.
“Já no porto de Sines, prevê-se que o segmento de contentores continue a tendência de crescimento dos últimos anos, com estimativas de um aumento acumulado na ordem dos 5% em 2018”, avança o referido comunicado.
Quanto ao porto de Setúbal, o Ministério do Mar entende que, embora se tenha registado uma ligeira quebra de 1% no primeiro trimestre, “isso não deverá impedir que feche o ano com um crescimento significativo de 9%”.
“Por fim, no porto da Figueira da Foz, depois de um recuo de 1,5% no primeiro trimestre, as perspetivas apontam para um crescimento de 2% no acumulado anual”, assegura o Ministério do Mar.
O ministério liderado por Ana Paula Vitorino, conclui que, “no que diz respeito às perspetivas globais para o ano 2018, as previsões apontam para um novo máximo histórico no segmento dos contentores, que deverá crescer mais de 3% e ultrapassar a fasquia dos três milhões de TEU [medida-padrão equivalente a contentores com 20 pés de comprimento] – o que será um feito inédito no sistema portuário nacional”.
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