O Ministério Público (MP) acusou o marroquino Adesselam Tazi, de 63 anos de idade, de adesão e recrutamento para organização terrorista, após pelo menos três jovens, com estatuto de refugiados, terem partido de Portugal para a Síria, por ordem e influência de Tazi, noticiou o “Diário de Notícias” este sábado. A acusação foi formalizada na sexta-feira, 23.
Tazi está detido, desde março de 2017, na prisão de alta segurança de Monsanto, depois de ter sido deportado da Alemanha, para responder aos crimes que o MP lhe imputa. Além de ser acusado de recrutar jovens para organização terrorista, o marroquino vai responder ainda por crimes de falsificação, quatro de uso de documento falso e um de financiamento. Tudo visando o terrorismo.
Entre os três jovens que Tazi radicalizou, está Hicham el Hanafi. De acordo com o DN trata-se de um refugiado que partiu de Portugal para França para se juntar a um grupo de jihadistas, afetos ao Daesh, vulgo Estado Islâmico. Hicham foi detido pela polícia francesa em 2016. O jovem ainda está na prisão, com grande parte da prova sustentada pelas autoridades portuguesas.
A investigação conduzida pela Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Policia Judiciária e coordenada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) identificou todo o modus operandi da ação de Abdesselam Tazi, que chegou a Portugal em 2013, com um passaporte falsificado. Alegando ser perseguido pelo governo de Marrocos, Tazi pediu asilo político.
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