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Ministra defende que atrasos nas execuções devem-se à economia e não aos tribunais

A taxa de cobrança para os cerca de 700 mil processos pendentes nos tribunais portugueses é de apenas 4%. Ministra promete medidas para facilitar processos e diz que o Fisco e a Segurança Social vão ser “mais amigáveis” para os devedores.
Pedro Nunes/Reuters
11 Junho 2017, 10h55

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, considera que os atrasos na Justiça económica, em matéria de execuções, não se devem à falta de capacidade do sistema judicial mas à economia. A ministra considera que os números falam por si, pois  a taxa de cobrança para os 700 mil processos pendentes é de apenas 4%.

O Governo vai tomar medidas para combater o problema do excessivo endividamento das famílias, para evitar situações de insolvência, com a criação de um sistema de alerta para os consumidores excessivamente endividados, disse a ministra em entrevista à Antena 1 e ao “Negócios”.

Nos casos em que essa situação de insolvência já existe, a ministra admite que sejam criados mecanismos para facilitar o processo e fazer com que o Fisco e a Segurança Social sejam “mais amigáveis” para o devedor. Estas entidades públicas continuarão a estar indisponíveis, isto é, o capital em dívida e os juros não poderão ser reduzidos, mas haverá mecanismos que possam beneficiar o devedor, disse a ministra.

Na mesma entrevista, Van Dunem afirmou que os tribunais administrativos e fiscais de primeira instância vão ter um forte reforço dos seus meios, com um aumento de 53% dos seus efetivos nos próximos dois anos.  Com este reforço, será possível avançar em 2018 com equipas especiais para a recuperação de processos e com juízos administrativos e sociais e os juízos de execução fiscal e recursos contraordenacionais, explicou.

 

 

 

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