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Ministra do Ambiente promove “energia renovável barata e hidrogénio verde” de Portugal em Davos

Maria da Graça Carvalho também destacou que Portugal é independente energeticamente da Rússia.
21 Janeiro 2025, 13h32

A ministra do Ambiente e da Energia esteve no Fórum Económico Mundial a promover Portugal como um destino de investimento. As mais-valias do país? “Energia renovável e barata” e também hidrogénio verde.

“Tomámos a decisão há uns anos de investir na transição para a segurança de abastecimento, combater as alterações climáticas e melhorar a competitividade. A transição energética é o maior fator económico para atrair investimento para Portugal.  Temos acesso a eletricidade renovável, barata, e a hidrogénio verde, que vai atrair investimento para o nosso país”, afirmou hoje no painel “A geoeconomia da energia e materiais”, onde também participou o presidente da Agência Internacional de Energia (IEA) Fatih Birol.

Pegando nos dados de produção de eletricidade de 2024 do país, disse que as renováveis pesavam 71%: 28% hídrica, 27% eólica e 10% solar.

Sobre o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030), disse que contou com a aprovação no Parlamento dos quase 230 deputados, “apenas quatro não apoiaram o plano”, prevendo que o país atinja 93% de renováveis na produção de eletricidade em 2030.

“Temos de fazer a transição na energia e transporte. É preciso muito ênfase no investimento em redes, armazenamento e atrair investimento na produção de hidrogénio, que é um fator de competitividade. Somos ainda uma ilha, tem sido difícil construir interligações com França. É importante o mercado ibérico com muitas renováveis e muito armazenamento”, destacou a governante.

Portugal reduziu a sua compra de gás à Rússia desde a invasão da Ucrânia, tornando-se praticamente independente do Kremlin para o seu consumo energético, disse hoje a ministra do Ambiente e da Energia no Fórum Económico Mundial em Davos.

“Somos independentes do gás russo. Em 2021, 15% das importações eram de gás russo. Em 2024, apenas 5% entre janeiro e novembro. Importamos principalmente da Nigéria e dos EUA”, disse Maria da Graça Carvalho esta terça-feira na Suíça. “Esperamos recuar ainda mais”.

“Queremos ser mais independentes e investir em renováveis para fazer a transição de forma mais sustentável. Esperamos recuar ainda mais”, acrescentou.

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