O imposto sobre os combustíveis é um dos que tem mais peso para a receita do Estado, tendo o ministro da Economia evidenciado prudência quando se fala em mexer no ISP (Imposto sobre Produtos Petrolíferos) porque afeta a fiscalidade e toda a estrutura.
Pedro Siza Vieira não afastou a possibilidade do Governo vir a mexer neste imposto específico, em entrevista à “RTP”, dado o crescimento dos preços dos combustíveis nos últimos meses. “Devemos ser prudentes e perceber se isto é uma coisa esporádica e excecional”.
Antes de abordar medidas definitivas sobre o tema, Siza Vieira assumiu que “gostava de ter mais visibilidade sobre o que vai suceder antes de alterar muito significativamente, não só a estrutura destes impostos, como também toda a estrutura da nossa fiscalidade”.
Além das previsões dos economistas, o ministro da Economia mostrou que é importante manter a previsibilidade das trajetórias dos preços”.
Pedro Siza Vieira admitiu que se “pode dizer que isto já dura há uns meses e o crescimento [dos preços] tem sido muito significativo”.
Ao dia de ontem, o preço da gasolina ultimate chegou aos 2,009 euros por litro numa bomba de combustível da BP no distrito de Beja. De relembrar que no espaço de um ano, o preço da gasolina já aumentou 38 vezes (em 42 semanas) e o gasóleo subiu 35 vezes.
Os impostos nacionais pesam 59% no preço da gasolina e 53% no preço do gasóleo, sendo que apenas 30% do valor pago diz respeito ao preço de custo da refinaria. Em termos comparativos com países europeus, Portugal tem a sexta gasolina mais cara da União Europeia e está na sétima posição em termos do diesel.
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