Fernando Medina considera não ter existido um conflito de interesses na nomeação de Alexandra Reis para assumir funções como secretária de Estado do Tesouro, após as suas passagens pela TAP e NAV.
“A questão não se colocou com o seu currículo, mas com a indemnização que tinha recebido numa empresa pública antes de eu ocupar funções”, referiu o ministro das Finanças, na Comissão de Orçamento e Finanças, que decorre sexta-feira, 6 de janeiro, no âmbito de um requerimento potestativo apresentado pelo PSD para prestar esclarecimentos sobre a indemnização de 500 mil euros paga a Alexandre Reis pela TAP.
Fernando Medina afirmou que convidou Alexandra Reis para o Governo pouco tempo antes de ser pública a sua nomeação, defendendo a sua escolha com base no currículo da antiga secretária de Estado do Tesouro.
“Certamente havia uma avaliação positiva do seu desempenho na TAP e foi proposta pelo Ministério da Infraestruturas para a NAV. Isso é um sinal, e foi um indicador positivo, a que se soma a uma avaliação curricular da engenheira Alexandra Reis que a tornavam com o perfil adequado para as funções que foi convidada”, salientou.
O ministro das Finanças acrescentou que foram precisamente essas informações positivas e as condições técnicas do seu currículo que levaram Alexandra Reis “a levaram a ser nomeada não uma, mas duas vezes para empresas públicas”.
Sobre o pagamento da indemnização de 500 mil euros, Fernando Medina voltou a recordar que não estava em funções, não participou, nem teve informação sobre essa decisão, dado que não tinha qualquer responsabilidade no Governo.
“Quando tive informação relativamente à indemnização atribuída e por considerar que se punham em causa questões de autoridade política da própria secretária de Estado, e em segunda linha do Ministério das Finanças, pedi-lhe de imediato para apresentar o seu pedido de demissão”, sublinhou.
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