[weglot_switcher]

Ministro do Ambiente desvaloriza queda de Portugal em índice de desempenho ambiental

O ministro do Ambiente desvalorizou hoje em Madrid a queda de Portugal no ‘índice de desempenho das alterações climáticas’ divulgado na COP25, considerando que “são dados de 2017”, um ano em que houve uma grande seca.
  • Ministro do Ambiente e da Ação Climática
10 Dezembro 2019, 12h59

“Todos nós sabemos já há muito tempo que, para as emissões de 2017, Portugal teve um ano mau”, disse João Pedro Matos Fernandes num encontro com os jornalistas portugueses à margem de uma reunião da Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP25).

O responsável governamental explicou que esse “foi o ano dos incêndios, mas, sobretudo, foi o ano da seca”, porque os incêndios são um “fenómeno invulgar” que não são contabilizados como todas as outras emissões.

O ‘índice de desempenho das alterações climáticas’ (CCPI) publicado pela Germanwatch, o Instituto NewClimate, e a Climate Action Network International é publicado anualmente e avalia a execução na proteção ambiental em 56 países e a União Europeia, responsáveis por mais de 90% das emissões de gazes de efeito de estufa.

Segundo o relatório para 2020, desse índice Portugal está em 25.º lugar, tendo caído oito posições em relação ao anterior, e baixa do grupo de países com uma “posição alta” para o de “desempenho médio”.

“O desempenho do país diminuiu em quase todas as categorias, com exceção da Política Climática, onde o país continua a ser classificado como alto”, conclui o relatório, que reconhece que, “em 2017, o país foi atingido por graves incêndios florestais e, como resultado de sucessivos anos de secas, as centrais hidroelétricas estão a ficar sem água, levando a um aumento na utilização de centrais que funcionam com combustíveis fósseis”.

“Tenho a certeza absoluta de que no próximo ano os dados vão ser muito diferentes”, garantiu Matos Fernandes, acrescentando que o país vai “voltar a ter o lugar destacado” que tinha até agora.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.