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Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel acusa ONU de ser anti-israelita

Numa publicação na rede social X, Israel Katz acusou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres, de culpar Israel pela situação humanitária em Gaza. “Sob a sua liderança, a ONU tornou-se uma organização antissemita e anti-israelita que protege e encoraja o terror”, disse.
23 Março 2024, 16h13

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, acusou, este sábado, a ONU de ser uma organização anti-israelita e antissemita, que incentiva o terror.

Numa publicação na rede social X, Israel Katz acusou o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres, de culpar Israel pela situação humanitária em Gaza.

“Sob a sua liderança, a ONU tornou-se uma organização antissemita e anti-israelita que protege e encoraja o terror”, disse.

O governante israelita afirmou que António Guterres foi hoje ao lado egípcio da passagem de Rafah (no sul de Gaza) e “culpou Israel pela situação humanitária” naquela região, “sem condenar de forma alguma os terroristas do Hamas-ISIS, que saqueiam a ajuda humanitária, sem condenar a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em ingês), que coopera com terroristas, e sem apelar à libertação imediata e incondicional de todos os reféns israelitas”.

O secretário-geral da ONU afirmou hoje, no Egito, que o “mundo está farto” deste “pesadelo sem fim”, após mais de cinco meses de guerra entre Israel e Hamas no território palestiniano.

“Em Gaza, os palestinianos estão mergulhados num pesadelo sem fim”, disse António Guterres a partir do posto fronteiriço de Rafah, através do qual a ajuda humanitária destinada aos habitantes de Gaza está a chegar.

Lamentando “as casas destruídas, as famílias e gerações inteiras perdidas e a fome que paira sobre a população”, António Guterres voltou a apelar para um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita Hamas, para pôr fim ao “pesadelo” neste território palestiniano sitiado.

“Nada justifica os horríveis ataques do Hamas a 07 de outubro”, referiu, acrescentando que “e nada justifica o castigo coletivo de que é vítima o povo palestiniano”.

Os confrontos não abrandaram na Faixa de Gaza, em especial nas imediações do hospital al-Chifa, na Cidade de Gaza (norte), onde o exército israelita iniciou na segunda-feira uma operação com dezenas de veículos blindados, com base em informações segundo as quais o hospital estaria a ser utilizado por “terroristas de alta patente do Hamas”.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Israel.

Desde então, Israel tem em curso uma ofensiva em Gaza que provocou mais de 32.000 mortos, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde do Hamas.

O grupo islamita palestiniano, que controla Gaza desde 2007, é classificado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.

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