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Ministro pede a todos recato e sensibilidade para a atual situação da TAP

“A situação é crítica e complexa, é demasiado difícil de gerir e era importante que todos nas suas funções tivessem o recato e a sensibilidade para a situação que muitos estão a viver”, afirmou Pedro Nuno Santos.
  • Cristina Bernardo
15 Junho 2021, 20h04

O ministro da ministro das Infraestruturas pediu hoje no Algarve que haja “recato e sensibilidade” para a atual situação da TAP após a divulgação de um vídeo onde responsáveis da empresa afirmam estar em Madrid a recrutar pessoal.

“A situação é crítica e complexa, é demasiado difícil de gerir e era importante que todos nas suas funções tivessem o recato e a sensibilidade para a situação que muitos estão a viver”, afirmou Pedro Nuno Santos.

Questionado pelos jornalistas sobre se os dois responsáveis dos recursos humanos da transportadora aérea autores do vídeo se deveriam manter no cargo, o ministro das Infraestruturas e da Habitação respondeu não ser ele quem gere a empresa e que aguarda os resultados do inquérito anunciado pela TAP.

Falando à margem da inauguração da base sazonal da EasyJet no aeroporto de Faro, Pedro Nuno Santos reafirmou a necessidade de respeito para com a situação de milhares trabalhadores a quem se pedem “grandes sacrifícios” enquanto se investe “muito dinheiro público para salvar a companhia”.

Na origem desta polémica está um vídeo publicado na página da rede social Facebook de João Falcato, trabalhador da TAP com responsabilidades na área dos recursos humanos da Manutenção & Engenharia da TAP, no qual surge acompanhado pelo diretor de recursos humanos da companhia aérea, Pedro Ramos, afirmando que se encontram em Madrid, Espanha, a recrutar pessoas para a TAP Madrid, para a área de carga.

O ministro afirmou desconhecer este recrutamento, algo que “não precisava de saber” já que não gere a companhia, apontado que a área de carga é apontada no plano de reestruturação como “oferecendo uma boa rentabilidade e a TAP está a investir nesse negócio”.

Quanto à estratégia da companhia aérea portuguesa, que de Faro apenas voa para Lisboa, o governante apontou a necessidade de apostar nas viagens de médio e longo curso sendo a “única estratégia que permite às companhias aéreas de bandeira europeias sobreviverem”.

Realçou por isso a necessidade da aposta de outras companhias no país “com um grande apoio do estado português” como aquele que permitiu que a EasyJet “decidisse fazer uma base no Algarve”.

Questionado sobre a situação da Groundforce, Pedro Nunos Santos apenas adiantou que “tudo será feito para garantir que não haverá rutura no serviço de ‘handling'” – serviços de assistência em escala aos passageiros e bagagens – nos aeroportos portugueses.

Quanto à várias greves marcadas para as próximas semanas, nomeadamente na CP – Comboios de Portugal e Infraestruturas de Portugal afirmou que o Governo está a trabalhar com as empresas e os representantes dos trabalhadores para “tentar ir ao encontro das suas reivindicações” e espera que não haja “grande convulsão social na casa da CP”.

“Há pré-avisos de greve, eu gostava que eles fossem levantados, estamos a trabalhar com os sindicatos para ver se conseguimos ainda levantar”, concluiu.

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