Miranda Sarmento: “Este é o OE em que os portugueses vão pagar cada vez mais impostos”

O PSD, através do líder da bancada parlamentar, defende que o Orçamento do Estado que vai ser apresentado esta terça-feira, será um documento que vai seguir a linha dos orçamentos que os Governos do Partido Socialista têm apresentado desde 2015: “cada vez mais impostos e piores serviços públicos”.

Joaquim Miranda Sarmento destacou, em declarações à RTP, que “conhecemos pouco deste Orçamento do Estado mas tendo em conta o que foi a prática de orçamentos de anos anteriores, diz-nos que este é o OE em que os portugueses vão pagar cada vez mais impostos e a ter, cada vez mais, piores serviços públicos”.

“Desde 2015, e com os Governos do PS, a carga fiscal tem aumentado todos os anos. Em 2022, o Governo cobrou mais nove mil milhões de euros só em impostos face ao ano anterior. Este ano, em receita fiscal e contributiva, já está a cobrar quase quatro mil milhões de euros e isto praticamente em meio ano”, sublinhou Miranda Sarmento.

Este economista realça que “pagando cada vez mais impostos, os portugueses têm menos e piores serviços públicos. Assistimos a um caos absoluto na Saúde que se está a agravar, iniciámos o ano letivo com 90 mil alunos sem professor a pelo menos uma disciplina, os tribunais funcionam cada vez pior, os transportes têm deficiências graves nas grandes regiões urbanas”.

O Governo entrega esta terça-feira na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), que deverá prever para este ano um crescimento superior a 2% e um excedente orçamental.

A proposta do OE2024 foi aprovada em Conselho de Ministros extraordinário, no sábado, depois de o Governo ter apresentado as linhas gerais do documento aos partidos e de ter assinado com os parceiros sociais um reforço do acordo de melhoria dos rendimentos.

Segundo informações partilhadas entre o executivo e os partidos, avançadas por alguns deputados, a proposta do OE2024 prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2,1% a 2,2% (acima dos 1,8% projetados) para este ano, mas para 2024 a previsão é para cerca de 1,5%.