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Miranda Sarmento: “O programa económico do PS é confuso, parece um albergue espanhol”

O co-autor do programa económico do PSD diz que o foco no corte da despesa corrente primária visa dar margem de manobra. Acusa o PS de ter um plano vago, confuso e exposto a choques externos.
6 Setembro 2019, 07h40

Vai intervir na apresentação do programa do PSD. Como co-autor do quadro macro-económico, pode explicar as grandes linhas estratégicas para a economia?
O PSD entende que Portugal, sendo uma pequena economia aberta e integrada no espaço europeu, tem de crescer via exportações e investimento, sobretudo do investimento privado. Dentro do investimento privado, dada a alavancagem das empresas, atraindo investimento direto estrangeiro. A política económica do PSD foi moldada para aumentar a competitividade, atrair investimento e proporcionar às empresas condições para exportarem mais. Nesse sentido, temos medidas de redução da carga fiscal e simplificação do sistema fiscal para as empresas, e medidas do lado não-fiscal, de redução de custos de contexto, melhoria da formação profissional, do sistema de justiça, entre outras.

A linha central é que o país precisa de crescer, aumentar o crescimento potencial, que está limitado a 1,5% a 2%, precisa de investimento, de capacidade exportadora, e só esse crescimento é que poderá depois permitir contas públicas estruturalmente equilibradas, uma redução da carga fiscal e uma melhoria dos serviços públicos.

O PSD quer reduzir a carga fiscal ao longo da legislatura, de 34,9% para 33,3% do PIB. Isto é possível numa eventual recessão global?
O contexto internacional tem sempre um impacto muito significativo na evolução da economia portuguesa e nenhum governo está imune a esse contexto. O que é que nós fizemos? Pegámos no cenário de políticas invariantes do Conselho de Finanças Públicas, modelámos as nossas medidas do ponto de vista económico, para ver qual seria o impacto no investimento e nas exportações. Portanto, temos, de facto, no nosso cenário macro um crescimento económico, do ponto de vista real, ligeiramente superior ao que está no Programa de Estabilidade.

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