A confiança das empresas de Moçambique voltou a crescer entre julho e setembro, pelo quinto trimestre consecutiva, com aumento das expectativas de emprego, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com o Indicador do Clima Económico das Empresas (ICEE), o “clima económico das empresas registou um incremento ligeiro” no terceiro trimestre, face ao anterior, “continuando assim com o perfil favorável que vem se registando desde o quarto trimestre de 2023”.
Trata-se ainda do quinto crescimento trimestral consecutivo neste indicador, o que acontece desde o terceiro trimestre de 2023.
O ICEE reúne a opinião dos agentes económicos, incluindo gestores de empresas, sobre a evolução corrente da sua atividade e expectativas a curto prazo, particularmente sobre emprego, procura, encomendas, preços, produção, vendas e limitações da atividade.
Este indicador atingiu o mínimo mais recente de 82 pontos no quarto trimestre de 2021 e subiu para cerca de 100 pontos no segundo trimestre deste ano, ultrapassado no terceiro trimestre com 102 pontos, de acordo com os dados do INE.
“A avaliação favorável do clima económico, no trimestre em análise deveu-se, setorialmente, à avaliação favorável do indicador nos setores da produção industrial e de comércio”, refere o relatório do ICEE.
O documento acrescenta que, no terceiro trimestre de 2024, o indicador da expectativa da procura “aumentou tenuemente, tendo o respetivo saldo atingido o nível mais alto dos últimos 20 trimestres”, cinco anos.
“Esse comportamento da expectativa da procura, no trimestre em análise, deveu-se, principalmente, ao aumento das previsões da procura no setor de comércio, que suplantou os restantes setores no período em análise”, aponta o relatório.
Também o indicador da expectativa de emprego voltou a aumentar no terceiro trimestre, mas o respetivo saldo “continuou abaixo da média da respetiva série temporal”, referiu o INE.
“Esse aumento do indicador ficou a dever-se a uma apreciação positiva do indicador em todos os setores alvos do inquérito, com maior destaque para os setores da produção industrial e de comércio que aumentaram substancialmente face ao trimestre anterior”, acrescenta o relatório.
Por outro lado, 35,9% das empresas inquiridas enfrentou no terceiro trimestre “algum obstáculo”, representando um aumento de 8,3 pontos percentuais face ao anterior, “facto contrário ao estágio do indicador de clima económico, que aumentou no período em análise”.
“Todos os setores registaram um aumento de empresas com constrangimentos ou dificuldades. Sendo que, o setor da produção industrial (40,0%) continuou com a maior proporção de empresas com constrangimentos”, refere ainda o relatório.
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