O Banco Mundial vai contribuir com 9.585 milhões de meticais (134,4 milhões de euros) para o Orçamento do Estado de Moçambique este ano, equivalente a 0,6% do PIB, segundo dados do Governo compilados hoje pela Lusa.
De acordo com um relatório governamental, o Banco Mundial vai assim manter o apoio ao Orçamento de Moçambique nos mesmos valores de 2024, mas prevê aumentar em 1,2 pontos percentuais o apoio na forma de financiamento a programas, que este ano, segundo o Governo, sobe para quase 29.973 milhões de meticais (420,3 milhões de euros), equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) moçambicano.
O Governo moçambicano espera ainda, de outras instituições, um aumento de 37,8% nos donativos a receber este ano, para 909,9 milhões de dólares (802,5 milhões de euros) e 468,3 milhões de dólares (413 milhões de euros) de empréstimos externos.
O presidente do Grupo Banco Mundial, Ajay Banga, destacou em 16 de abril do ano passado o papel de Moçambique como base do mercado de eletricidade na África austral, após um encontro em Washington com o então Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, prometendo novas parcerias com o país.
“Tivemos uma boa discussão sobre o trabalho que está a ser feito, os resultados do desenvolvimento económico que Moçambique tenta alcançar, a melhoria do crescimento económico, a melhoria da inflação. Mas o mais importante é que discutimos a oportunidade para os jovens e para o seu futuro e como, se investirmos nos jovens, isso se tornará no futuro do país”, disse Ajay Banga, em declarações aos jornalistas após reunir-se com Filipe Nyusi.
Na reunião que decorreu na sede do Banco Mundial, na capital norte-americana, os dois dirigentes abordaram “a importância deles [dos jovens] para o emprego e como criar empregos com certos ativos com que Moçambique já está a fazer um bom trabalho, como na energia e eletricidade”, referiu Banga.
Moçambique não só melhorou “o acesso à eletricidade para a sua própria população, e há mais para vir, mas também está a tornar-se uma base para o mercado da eletricidade na África austral, um excelente passo em frente”, acrescentou.
O presidente do Grupo Banco Mundial defendeu então que há ainda “muito que o Governo e o setor privado podem fazer em conjunto”, não apenas na eletricidade.
“Incluindo o turismo, infraestruturas, tudo alinhado para a criação de empregos para o futuro do nosso mundo, que são os jovens. Por isso, quero parabenizar o Presidente e seu Governo pelo trabalho que estão realizando. Estou ansioso por mais parcerias conjuntas”, disse Banga.
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