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Moçambique vai receber encontro sino-lusófono de empresários em 2026

Este ano, o encontro empresarial da China e dos países de língua portuguesa decorreu pela primeira vez em Malabo, capital da Guiné Equatorial, durante três dias, no final de julho.
24 Novembro 2025, 08h39

O Governo de Macau disse hoje que a edição de 2026 do Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa vai decorrer em Moçambique.

“O encontro será realizado em Moçambique no próximo ano”, disse o presidente do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), Che Weng Keong.

Este ano, o encontro empresarial da China e dos países de língua portuguesa decorreu pela primeira vez em Malabo, capital da Guiné Equatorial, durante três dias, no final de julho.

A Guiné Equatorial aderiu oficialmente em abril de 2022 ao Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau).

Em julho passado, o IPIM disse num comunicado que o evento tinha reunido “mais de 500 representantes dos governos e do setor empresarial” da China e dos países de língua portuguesa.

De acordo com o IPIM, o encontro contou com “cerca de 40 empresários e representantes económicos e comerciais” da China continental, de Macau e da vizinha zona económica especial de Hengqin (ilha da Montanha).

O evento anual tem sido realizado de forma rotativa nos países de língua portuguesa desde 2005, tendo, no entanto, sido suspenso durante quatro anos, durante a pandemia de covid-19.

O encontro regressou em 2024, tendo decorrido em Macau e coincidindo com a sexta conferência ministerial do Fórum de Macau, que incluiu a assinatura do plano de ação do organismo até 2027.

Num debate no parlamento local sobre as Linhas de Ação Governativa (LAG) na área da Economia e Finanças para 2026, Che Weng Keong falou hoje também sobre o programa para atrair empresas internacionais para a região.

O Plano para o Desenvolvimento Económico no âmbito de Apoio ao Estabelecimento da Primeira Loja em Macau foi lançado em 01 de novembro e a primeira fase de candidatura decorre até ao final de janeiro de 2026.

Na sessão, Che disse que “mais de 500 empresas (…), incluindo marcas de Portugal” já contactaram o IPIM para saber mais sobre o programa, que fornece um apoio de até um milhão de patacas (mais de 108 mil euros).

A iniciativa foi apresentada em Lisboa e no Porto, no início de outubro, por responsáveis do IPIM, que realizaram depois apresentações em Madrid e Barcelona.

O relatório das LAG aponta como objetivo para 2026 “criar pontos de demonstração que reúnam marcas características dos países lusófonos e hispânicos”.

Che Weng Keong defendeu a atuação do Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa, dizendo que “tem encorajado empresas [chinesas] a desenvolver operações nesses países”.

O fundo foi criado em 2013 pelo Banco de Desenvolvimento da China e pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Macau, com mil milhões de dólares (868 milhões de euros).

Num comunicado divulgado no domingo pelo Governo de Macau, o fundo assinou em outubro o primeiro acordo para financiar uma empresa local, neste caso para expandir para o mercado de Timor-Leste.


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