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Modelo de trabalho híbrido vai ser trunfo para captar e reter talento no pós pandemia

O último relatório do grupo Hays assinala uma forte evolução no mercado de trabalho especializado, revelando os trabalhadores maior interesse em “trabalhar a partir de qualquer lugar”, em vez de o fazerem simplesmente a partir de casa ou do escritório.
6 Janeiro 2022, 17h44

Os empregadores devem esperar mudanças a longo prazo na forma de funcionamento do mercado de trabalho global e tanto eles como os profissionais terão de se adaptar às implicações a longo prazo das mudanças estruturais impulsionadas pela Covid-19. Esta é a principal conclusão do relatório “As implicações da pandemia no mercado de trabalho” do grupo Hays, que analisa o impacto da pandemia de Covid-19 no mercado de trabalho qualificado a nível global.

Segundo o estudo, as políticas de atração e retenção de talento devem passar a incluir um modelo de trabalho híbrido, garantindo uma maior flexibilidade aos trabalhadores. “O mercado de trabalho especializado evoluiu, agora, com os trabalhadores a mostrarem um maior interesse em ‘trabalhar a partir de qualquer lugar’, em vez de simplesmente trabalharem a partir de casa ou do escritório”, salienta o documento, que lança a questão: “será um ponto importante para os líderes empresariais e políticos considerarem se os empregos sem fronteiras e a Telemigração poderão ser uma das soluções a longo prazo para combater a escassez global de mão-de-obra qualificada”.

Durante os quase dois anos de crise sanitária global, a Hays constata que a procura de mão-de-obra qualificada foi significativamente afetada, em resultado das políticas sociais que tentaram conter a propagação da Covid-19 e a mudança dos hábitos de consumo.

Nos 34 mercados onde o grupo opera, o desemprego aumentou de 4,3% no quarto trimestre de 2019 para 5,5% no quarto trimestre de 2020. Os mais jovens (15-24 anos) foram mais afetados pelo o desemprego em comparação com as gerações mais velhas. Em todas as regiões, a taxa de desemprego aumentou mais do que o emprego, tendo as mulheres sido mais afetadas pela crise.

“O trabalho à distância veio para ficar e provavelmente acelerará à medida que as empresas se tornarem mais confortáveis com a contratação de pessoas noutros pontos do país ou do mundo e as suas estruturas e tecnologia o permitirem”, afirma o CEO da Hays, Alistair Cox. “Existem barreiras que as organizações terão de ultrapassar, tais como a segurança cibernética, incorporando a sua cultura à distância, e assegurando o cumprimento das leis laborais locais. Ultrapassando estas questões, o potencial de acesso a pools de talentos a nível mundial é enorme”.

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