As circunstâncias da morte do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, assassinado a tiro por um grupo de homens que entraram em sua casa na madrugada de quarta-feira, deixando a primeira-dama em estado crítico, destoa pelo local do crime da tenebrosa tradição de mortes violentas de chefes de Estado e Governo. São raras as ocasiões em que o homicídio ocorre dentro da residência familiar da vítima, sendo preciso recuar até 1994 para encontrar algo similar, quando a primeira-ministra ruandesa Agathe Uwilingiyimana foi morta na casa onde se escondera após o avião dos presidentes do Ruanda e do Burundi ser abatido por mísseis, iniciando o genocídio que provocou cerca de meio milhão de mortes.
Não se teme que nada parecido aconteça no Haiti devido à morte de Moïse, vítima de “mercenários estrangeiros” que comunicaram entre si em espanhol, conforme foi avançado pelo embaixador haitiano nos Estdos Unidos – quatro deles foram mortos e outros dois capturados -, mas também neste caso a tensão política num dos países mais pobres do mundo contribuiu para que o presidente de 53 anos conste de uma lista que nos últimos anos vem sendo atualizada com menor frequência.
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