O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje que é preciso garantir que as escutas em Portugal “são feitas dentro da legalidade” e que “isto é válido para todos os portugueses, sejam ou não primeiros-ministros”.
Contudo, Luís Montenegro alertou que, no caso de escutas a um primeiro-ministro, “acresce a tudo isto a circunstância” de este “tratar de assuntos de Estado”, numa reação ao facto de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter reconhecido esta sexta-feira que foram identificadas sete escutas em que o ex-primeiro-ministro António Costa era interveniente e que não foram comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça “por razões técnicas diversas”.
“E, portanto, para além de ter também conversas privadas, para além também de ser comprimido na sua liberdade, se estiver a ser escutado, para além de poder ter os seus segredos, tem também o segredo do Estado que partilha em virtude da função que desempenha. E, portanto, temos de ter ainda de forma reforçada mais a convicção de que a legalidade é assegurada”, afirmou em Luanda, no âmbito de uma visita a Angola, antes do início da Cimeira União Europeia-União Africana.
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