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Montenegro nega responsabilidade no atraso da investigação à Spinumviva

“Eu estou muito tranquilo, como estive sempre. Quero que essa averiguação acabe o mais cedo possível. Não é por mim que ela está atrasada, isso que fique muito claro”, disse Luís Montenegro aos jornalistas, à margem de uma ação de pré-campanha para as Autárquicas em S. João da Madeira, no distrito de Aveiro.
epa12112036 Prime Minister of Portugal, leader of the Democratic Alliance (AD) coalition, and President of the Social Democratic Party (PSD), Luis Montenegro, speaks to the press after casting his vote for the legislative elections at a polling station in Espinho, center of Portugal, 18 May 2025. Portugal holds early parliamentary elections on 18 May 2025, where over 10.8 million voters will choose from 20 political parties to fill the 230 seats in the Assembly of the Republic. EPA/ESTELA SILVA
27 Setembro 2025, 12h31

O primeiro-ministro Luís Montenegro negou hoje ter qualquer responsabilidade na demora no processo de averiguação preventiva aos negócios da empresa familiar Spinumviva, reafirmando estar muito tranquilo.

“Eu estou muito tranquilo, como estive sempre. Quero que essa averiguação acabe o mais cedo possível. Não é por mim que ela está atrasada, isso que fique muito claro”, disse Luís Montenegro aos jornalistas, à margem de uma ação de pré-campanha para as Autárquicas em S. João da Madeira, no distrito de Aveiro.

No final de uma visita ao Mercado Municipal, o chefe do Governo foi confrontado com uma notícia do jornal Público sobre uma insinuação por parte do seu gabinete relativamente à alegada existência de motivações políticas das autoridades que investigam o caso da Spinumviva, o que foi negado pelo próprio.

“O meu gabinete disse ao jornal Público que eu recebi dois pedidos de esclarecimento, um durante a campanha eleitoral legislativa e outro agora nas vésperas das eleições autárquicas. Isso é um facto, não é insinuação nenhuma, é um facto”, afirmou.

Na sua edição de hoje, o Público refere que o primeiro-ministro associa, numa resposta oficial do seu gabinete, a data dos pedidos de documentação feitos no âmbito da averiguação preventiva ao caso da Spinumviva a duas campanhas eleitorais, insinuando que houve motivações políticas nos ‘timings’ escolhidos pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Judiciária.

No dia 19 de setembro, o primeiro-ministro disse que o pedido do MP de mais documentos sobre a Spinumviva não era nada de mais e que iria enviá-los “o mais rápido possível”.

“Eu já recebi esse pedido, que é um pedido normal (…). Posso dizer que não é nada de mais, mas pronto, aproveitarei nomeadamente a tarde de hoje para tentar reunir os documentos que foram solicitados e enviá-los o mais rápido”, declarou hoje Luís Montenegro aos jornalistas, à margem de um evento no Porto.

O primeiro-ministro recusou, contudo, especificar quais os documentos que lhe foram solicitados.

O MP pediu mais documentação ao primeiro-ministro para poder finalizar a averiguação preventiva sobre os negócios da sua empresa familiar Spinumviva, disse o Procurador-geral da República (PGR).

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