Carlos Tavares anunciou no lançamento do BEM, banco dedicado a PMEs, que pretende criar uma SIMFE – Sociedade de Investimento Mobiliário e Fomento à Economia como forma das pequenas e médias empresas terem acesso ao mercado de capitais.
Segundo o presidente do banco a perspectiva é criar esta sociedade até ao fim do ano. Depois a ideia é colocar o capital da sociedade em investidores.
Esta sociedade compra ações e obrigações de PME e depois é admitida à negociação em bolsa, tal como acontece hoje com a Flexdeal.
Carlos Tavares que lidera o BEM, defende que as empresas não podem depender apenas de financiamento bancário. O Banco de Empresas Montepio vem ajudar a suprir falhas do mercado e responder às necessidades de crescimento e sofisticação do tecido empresarial português, num universo potencial de mais de 5.000 empresas.
Este banco que se chama Banco de Empresas Montepio veio “colmatar uma falha do mercado”, disse Carlos Tavares que vai liderar a instituição vocacionada para apoiar a capitalização das empresas portuguesas, nomeadamente das PME.
O banco que nasceu hoje tem 180 milhões de capitais próprios, o que, segundo Carlos Tavares é mais do que suficiente para a atividade que se propõe desenvolver.
O banco que nasceu com a bênção do ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, inaugurou hoje em Lisboa, na sua sede, e contou com a presença de todo o Conselho de Administração do Banco Montepio e todos os administradores das empresas do Grupo. Bem como com a administração da Associação Mutualista liderada por Tomás Correia.
O Banco de Empresas Montepio, nasce com uma lógica original no quadro do sistema financeiro português, e visa ajudar a resolver problemas “há muito identificados no nosso tecido empresarial, como os constrangimentos à capitalização e ao acesso a fontes de financiamento alternativas por parte das empresas”, diz a instituição.
Carlos Tavares que foi ministro da Economia, presidente de bancos e presidente da CMVM, lembrou “quão importante é haver instituições financeiras que financiam bem as empresas portuguesas, e o quão isso é importante para a competitividades das empresas nacionais. “É com empresas competitivas que se faz a economia portuguesa”.
O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira defendeu a necessidade de mobilização de diferentes formas de financiar as empresas portuguesas e recordou a estrutura de missão para a capitalização das empresas que integrou. Pedro Siza Vieira diz que nessa altura encontrou empresas subcapitalizadas, excessivamente endividadas e os bancos estavam a passar uma fase difícil, depois de alguns teres sido “Resolvidos”. “Era preciso criar condições de confiança para as empresas e para que os investidores voltassem a confiar nas empresas portuguesas”.
“Em 2016 as empresas tinham uma taxa de juros média de financiamento de 8%, a autonomia financeira era baixa, estava abaixo dos 30% disse Siza Vieira, e muitas entravam em insolvência”, disse o ministro que contrapôs com a atual situação em que “o panorama mudou” e situou o nascimento do BEM na alteração de paradigma.
“A economia cresce pelo terceiro ano consecutivo e acima da média da União Europeia”, revelou o ministro, que acrescentou aos elogios ao Governo que integra a redução das taxas de juro dos mercados de dívida soberana.
“O BEM vai ser um banco das empresas e para as empresas”, disse Tavares.
“É o parceiro financeiro de excelência das empresas, com uma oferta de valor completa, integrada e global. Apoia a estratégia de capitalização das empresas, a viabilização dos seus investimentos, os planos de internacionalização e de sucessão, o acesso a fontes de financiamento alternativas ao crédito – mas também ao crédito -, prestando ainda serviços de assessoria ou informação ao negócio”, diz o banco.
“As PME e as mid-caps são essenciais à competitividade e ao crescimento da economia portuguesa, e têm sido financiadas sobretudo com recurso ao crédito bancário, encontrando-se hoje entre as empresas europeias com níveis mais elevados de endividamento”, defende a instituição.
Carlos Tavares voltou a reiterar que a subcapitalização das empresas continua a ser apontada como um dos principais problemas das empresas nacionais e um obstáculo ao seu desenvolvimento.
“Este é o contexto em que se insere a iniciativa e a oportunidade de lançamento, pelo Grupo Banco Montepio, de uma instituição financeira com as características do Banco de Empresas Montepio (BEM)”.
“Financiar adequadamente os negócios e o investimento das empresas, contribuindo para o seu crescimento equilibrado e o reforço da sua competitividade é a missão do BEM desde o primeiro dia. De forma inovadora, junta os serviços de banca comercial e banca de investimento, contemplando de forma integrada todas as necessidades financeiras das empresas”, refere o banco.
O BEM contará com dez Espaços Empresa – situados em Aveiro, Braga, Leiria, Lisboa e Grande Lisboa, Porto e Grande Porto, Faro e Viseu – onde os clientes encontrarão um espaço de proximidade e atendimento personalizado pelos nossos gestores. É exclusivo, mas é para todas as empresas.
(atualizado)
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