A Moody’s Ratings reafirmou a classificação A3 de Portugal e mantém a perspetiva estável. Alguns analistas esperavam uma subida da classificação de Portugal, atualmente em A3, o que não se confirmou.
A agência de rating diz que manteve os ratings de longo prazo, bem como os ratings seniores não garantidos em A3.
“Simultaneamente, reafirmamos o rating do programa de obrigações seniores de médio prazo (MTN) não garantidas em moeda local em (P)A3. Os ratings de papel comercial em moeda estrangeira e de outros ratings de curto prazo em moeda local foram reafirmados em P-2 e (P)P-2, respetivamente. A perspetiva permanece estável”, refere a Moody’s.
A reafirmação dos ratings A3 de Portugal reflete a economia competitiva e diversificada do país, bem como os seus níveis de vida relativamente elevados.
“A forte solidez institucional e de governação também sustenta o seu perfil de crédito”, elogia a Moody’s.
No entanto, alerta, o rating A3 também tem em conta “um elevado endividamento e uma robusta capacidade de pagamento da dívida, embora ambos sejam mais fracos em comparação com outros países soberanos com ratings semelhantes, apesar das melhorias fiscais e da dívida nos últimos anos. A suscetibilidade a riscos de eventos é moderada e está relacionada com o risco geopolítico”.
“A perspetiva estável reflete a nossa avaliação de que os riscos para o perfil de crédito de Portugal, ao nível do rating A3, estão equilibrados”, refere a agência.
“Embora a incerteza política tenha aumentado nos últimos anos, com eleições antecipadas repetidas e fragmentação parlamentar, tornando a formulação de políticas mais complexa, esperamos que estas mudanças políticas internas não alterem significativamente a nossa perspectiva de crescimento económico robusto em torno de 2% e uma redução adicional do endividamento público ao longo do período analisado”, diz a Moody’s.
Com esta decisão, as principais agências terminam as avaliações à dívida soberana previstas no calendário de 2025.
A Moody’s optou por não ficar mais alinhada com as suas congéneres: S&P, Fitch e DBRS, que atribuem melhores ratings em nome da perceção de menor risco soberano e de uma economia com maior capacidade de absorver choques.
A canadiana DBRS, logo em janeiro, subiu a nota de Portugal para ‘A elevado’, com outlook estável, e deixou inalterada esta notação em julho. Já a Standard & Poor’s (S&P) decidiu subir, duas vezes, o rating este ano: primeiro em fevereiro, de ‘A-‘ para ‘A’, e depois para ‘A+’ no fim de agosto.
A classificação da dívida soberana de Portugal pela Fitch Ratings é ‘A’ com perspetiva estável, um resultado alcançado em setembro de 2025, quando foi elevada de ‘A-‘. Esta decisão refletiu a melhoria contínua da dívida pública, um desempenho orçamental equilibrado e o crescimento económico sólido do país.
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