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Morreu Couto dos Santos, o ex-ministro que enfrentou a contestação estudantil às propinas

Além dos cargos que ocupou no Governo, Couto dos Santos, natural de Esposende, foi presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) entre 1995 e 2007. Foi encontrado morto num campo de golfe em Matosinhos.
6 Janeiro 2025, 17h17

O corpo do antigo ministro social-democrata, António Couto dos Santos, foi encontrado num lago no Citygolf, na Senhora da Hora, em Matosinhos, revelaram fontes dos Bombeiros de São Mamede de Infesta e do PSD. O ex-governante, engenheiro de formação, assumiu as pastas da Educação, Assuntos Parlamentares e da Juventude. Foi também secretário de Estado da Juventude, Qualidade de Vida e Ambiente. Enquanto titular da pasta da Educação, entre 1992 e 1993, enfrentou um período de intensa contestação estudantil às propinas e também às provas globais de acesso ao ensino superior.

Em entrevista à RTP, em janeiro de 2023, disse que os professores têm sido “desconsiderados pela governação e esquecidos pelos partidos políticos” e que a Educação “deixou de ser considerada prioridade”. Couto dos Santos acrescentou que “os professores são o elemento fundamental de uma escola e, portanto, temos de o respeitar”, destacando que não é apenas preciso aumentar os salários, mas também “dignificar a profissão”.

Além dos cargos que ocupou no Governo, Couto dos Santos, natural de Esposende, foi presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) entre 1995 e 2007. Regressaria em 2011 à Assembleia da República enquanto deputado eleito pelo distrito de Aveiro, durante o Governo de Pedro Passos Coelhos.

A nível empresarial desempenhou funções na Quimigal (1983-1985), foi presidente executivo da AEP (1995-2007), membro do CA do Hospital da Amadora (1995-2003), presidente da Casa da Música no Porto (2004-2005) e membro de diversos órgãos sociais (media, comunicações, construção, energia, ambiente). Actualmente, estava como consultor nas áreas de Energia, Ambiente e Saúde.

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