Mota-Engil diz que “perde hoje uma figura marcante na sua história a quem muito deve”

O Grupo Mota-Engil emitiu um comunicado a exaltar a importância do histórico presidente da construtora Mota-Engil.

“Hoje parte um Homem extraordinário pelo empresário visionário que deixa um Legado ímpar, como pelo espírito humanista e solidário que sempre teve para com a sociedade, e a marca que deixa em cada um dos que o conheceram”, refere o grupo em comunicado.

O empresário, que assumiu a presidência da maior construtora portuguesa entre 1995 e 2023, morreu hoje aos 71 anos.

A Mota-Engil sublinha que “perde hoje uma figura marcante na sua história a quem muito deve o que é hoje, um Grupo Multinacional, reconhecido pela qualidade de Engenharia, e sob uma gestão com elevada compromisso com cada cliente e parceiro, em que a palavra bastava para honrar os seus compromissos, numa liderança em muito suportada em valores que a todos transmitiu e a que teremos de saber honrar e dar a devida continuidade”.

O empresário de Amarante, engenheiro de formação, durante 27 anos liderou a maior construtora portuguesa, fundada pelo pai em 1946 – e que era então a Mota & Companhia –, e levou-a a estar hoje presente em mais de 20 países e em diferentes setores de atividade.

“Líder carismático, empresário visionário e homem de enorme humanidade, o Engenheiro António Mota foi um exemplo maior na capacidade de inspirar equipas, criando relações de proximidade e respeito com as diferentes gerações que foi acolhendo no seio da empresa, e que a cada um fazia sentir como parte integrante de uma Grande Família que é a Mota-Engil”, refere a Mota-Engil em comunicado.

O grupo hoje liderado pelo seu sobrinho Carlos Mota Santos, que ascendeu a presidente executivo em 2023, invoca a “visão estratégica, a dedicação de toda uma vida a um legado que havia recebido do seu pai” de António Mota.

O histórico presidente do Grupo Mota “conseguiu transformar a Mota-Engil num dos maiores grupos económicos portugueses e uma referência mundial do setor da engenharia e construção” e “com uma coesão inabalável através do apoio incondicional das suas irmãs”.

“Hoje é um dia em que sentimos uma enorme perda pela pessoa extraordinária que foi, é e será sempre em cada um de nós o Engenheiro António Mota, uma combinação rara de elevada exigência e de uma humanidade sempre presente”, refere a Mota-Engil que acrescenta “a exigência que advinha da ambição que pretendia sempre transmitir como gestor de excelência, conjugado com a sua conhecida dedicação e sentido de responsabilidade para com todos nós, família e colaboradores”.

A Administração do Grupo Mota-Engil, bem como os seus mais de 52 mil colaboradores “associam-se nesta hora para transmitir à Família Mota as mais sinceras condolências”.

O Grupo Mota-Engil destaca ainda a “humanidade e espírito solidário que incutiu, contribuíram de forma marcante a Cultura e Valores que temos hoje na Mota-Engil, e que advém muito dos ensinamentos que diariamente o Engenheiro António Mota nos transmitia a todos nós em cada país e Obra que visitou”.

A empresa relata que “sendo uma referência maior na Família Mota-Engil, gostava quando o tratavam como ‘O mais Velho’, uma distinção que conheceu em Angola na sua juventude e que hoje representava exemplarmente como a voz sempre presente, com a experiência e o conhecimento profundo do que sabia ser o melhor para o Grupo e para cada um de nós, e que, em conjunto, teremos de saber honrar e dar a devida continuidade nas gerações que se seguirão”.

Marcelo já reagiu 

Numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa salienta que “António Mota marcou o mundo empresarial e a sociedade portuguesa em geral. Deu continuidade à obra de seu pai Manuel António da Mota e projetou-a em todos os continentes, criando um dos mais poderosos, conhecidos e influentes grupos da nossa economia”.