[weglot_switcher]

Motoristas de carga geral ameaçam “caos muito maior” por não serem incluídos nas negociações com patrões

Os motoristas de carga geral dizem ser “injusto” que não sejam chamados para negociações por não terem participado na última greve e ameaçam deixar o país “num caos muito maior”.
Carlos Barroso / Lusa
29 Abril 2019, 10h19

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) ameaça avançar com greve, caso não seja incluído nas negociações desta segunda-feira entre os motoristas de matérias perigosas e os patrões. Os motoristas de carga geral dizem ser “injusto” que não sejam chamados para negociações por não terem participado na última greve e ameaçam deixar o país “num caos muito maior”.

“As pessoas têm de ter em atenção o caos a que o país chegou com a greve do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) em que 800 trabalhadores paralisaram o país e provocaram o caos”, afirmou o presidente do sindicato, Jorge Cordeiro, em declarações à rádio TSF, notando que se avançarem com greve “então o país chega a um caos muito maior”.

Jorge Cordeiro lembra que este sindicato não representa apenas os motoristas de matérias perigosas e que, em caso de paralisação, “além de combustíveis nas bombas, vai deixar de haver comida nos supermercados, roupas”, entre outras coisas.

Ao Jornal Económico, Anacleto Rodrigues, porta-voz do SIMM, já tinha afirmado a 18 de abril que “se a postura da Associação Nacional dos Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) não se alterar”, o SIMM seria “o próximo sindicato a avançar para uma greve”. O SIMM, na altura, mostrou-se disponível para se juntar à greve dos motoristas de matérias perigosas, mas entretanto a greve acabou, com acordo entre o SNMMP e os patrões.

As negociações entre o SNMMP e a ANTRAM começam esta segunda-feira. O sindicato dos motoristas de matérias perigosas exigem melhores salários e condições de trabalho, na sequência da greve que afetou a distribuição de combustíveis de norte a sul do país.

O sindicato dos motoristas de carga geral conta com mais de 800 associados e, em caso de greve, Anacleto Rodrigues nota que esta abrangerá toda a tipologia de transportes de carga geral, desde o frio (produtos frescos como legumes e frutas), passando pelas lonas (água, cerveja, leite e outro tipo de alimentos) até aos contentores (congelados, por exemplo).

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.