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Muitas cidades mundiais ainda sem planos para enfrentar as alterações climáticas

Apesar das dificuldades orçamentais, algumas cidades estão a adaptar-se, investindo, por exemplo, em plantação de árvores e criação de espaços verdes. São os casos emblemáticos das cidades de Berlim, que lançou o programa “1000 telhados verdes”, e de Paris que criou as designadas “ilhas frias” para gerir o impacto das ondas de calor.
  • Gronelândia
28 Maio 2021, 07h45

Quase metade das cidades mundiais analisadas por uma organização independente ligada ao ambiente, e segundo o seu relatório divulgado recentemente, não tem planos para enfrentar as alterações climáticas. Esse relatório inclui várias cidades portuguesas, sendo que mais de metade tem planos de adaptação, felizmente, num valor muito acima da média global.

Em relação ao total das cidades que disponibilizaram dados para o relatório verifica-se que, embora a grande maioria tenha declarado enfrentar riscos ambientais, muitas delas indicaram não ter qualquer plano de adaptação. A falta desses planos traduz-se num alerta enorme, já que tal poderá significar que milhões de pessoas na próxima década poderão enfrentar alterações climáticas na sua cidade.

Um plano de adaptação é essencial para que uma cidade consiga enfrentar os riscos das alterações climáticas, como por exemplo ondas de calor que podem ter um efeito nefasto.

Como justificação para tal ausência várias cidades indicam o problema do orçamento como o principal obstáculo para a falta de uma adaptação antecipada. Nas cidades europeias, de acordo com estes dados, são necessários mais de dez mil milhões de euros para avançar com projetos específicos relacionados com o clima.

O financiamento mais urgente diz respeito aos transportes, às energias renováveis, à eficiência energética e à gestão da água. Mais de 41% das cidades não têm uma avaliação dos riscos e vulnerabilidades relacionadas com este tema, o que seria fundamental para identificar pessoas, infraestruturas e recursos em risco, devido aos crescentes perigos de uma mudança brusca de clima.

Apesar das dificuldades orçamentais, algumas cidades estão a adaptar-se, investindo, por exemplo, em plantação de árvores e criação de espaços verdes. São os casos emblemáticos das cidades de Berlim, que lançou o programa “1000 telhados verdes”, e de Paris que criou as designadas “ilhas frias” para gerir o impacto das ondas de calor. Outro caso interessante é o de Malmo, na Suécia, em que todos os novos edifícios têm de estar três metros acima do nível do mar.

A pandemia desviou fundos para ações prioritárias, mas a ação ambiental não pode abrandar. As cidades europeias produzem 70% das emissões de dióxido de carbono e albergam três quartos da população do velho continente que se encontram em risco e necessitadas de um plano de prevenção.

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