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“Muitos investidores não entram em Portugal por medo de alterações legislativas e fiscais”, alerta CEO da Square

Pedro Coelho, CEO da Square Asset Management, assume que há muitos investidores a querer investir no país, não só internacionais, mas também compradores finais e muitos deles “mais do que as questões fiscais, querem estabilidade legislativa e fiscal”, nomeadamente nas políticas para a habitação.
29 Abril 2025, 15h45

Três eleições legislativas em três anos não são o melhor cartão de visita para quem deseja investir em Portugal. No caso do setor imobiliário essa permissa é ainda mais vincada, dado que mexe posteriormente com as questões fiscais aplicadas a este mercado e que podem levar muitos daqueles que desejam investir no país a resfriar essa iniciativa.

“Neste momento há muitos investidores a querer investir em Portugal. Muitos não entram em Portugal, nomeadamente na habitação que dá retornos mais baixos porque têm medo das alterações legislativas e fiscais”, afirmou Pedro Coelho, CEO da Square Asset Management no painel ‘Construir Portugal ou Mais Habitação’, inserido na Conferência “A habitação depois de 18 de maio”, que decorreu no auditório Rui Pena da sociedade de advogados CMS Portugal, esta segunda-feira.

Pedro Coelho referiu que todos desejamos estabilidade governativa, nomeadamente estes compradores, que são não só internacionais, mas também compradores finais. “Muitos deles mais do que as questões fiscais, querem estabilidade legislativa e fiscal”, salientou o CEO.

Para o CEO da gestora de fundos de investimento imobiliário este cenário vai em contraciclo ao atual momento que o país vive do ponto de vista macroeconómico, onde considera que “Portugal vive um momento único”.

“Em termos de contas públicas estamos bastante bem em termos absolutos e mais do que isso, muito melhor quando comparado com outros parceiros europeus”, dando o exemplo de Espanha, Itália, Grécia, França e Inglaterra, países que têm yields da dívida pública acima de Portugal.

“Isto nunca existiu e não sei se voltará a existir, por isso é bom que aproveitemos este momento”, sublinhou, destacando também o facto de Portugal estar com um superávit no orçamento, algo que “já não acontecia desde o 25 de Abril”.

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