A Federação Intersindical alerta que são contraditórias as razões que estão na origem da falta de componentes destinados ao sector automóvel, à eletrónica de consumo e à produção de material elétrico. Fiequimetal pede a “rápida intervenção” do Governo para travar que uma medida extraordinária, como é o lay-off, se torne numa espécie de “via verde” para as multinacionais.
“Os motivos do problema vão desde dificuldades de abastecimento à especulação dos preços pelos grandes fornecedores”, diz a Fiequimetal.
A Federação Intersindical Fiequimetal alerta que são contraditórias as razões que estão na origem da falta de componentes destinados ao sector automóvel, à eletrónica de consumo e à produção de material elétrico. E defende que as medidas de resposta não podem recair sobre os trabalhadores, nomeadamente pelo recurso ao lay-off, o que, diz, penaliza os salários e o orçamento da Segurança Social.
“Os motivos do problema vão desde dificuldades de abastecimento à especulação dos preços pelos grandes fornecedores”, defende a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Química, Farmacêutica, eléctrica, Energia e Minas (Fiequimetal).
Para esta federação intersindical “independentemente das razões que assistem a este problema, a Fiequimetal defende que as medidas de resposta não podem recair sobre os trabalhadores, seja por via do recurso ao lay-off (que penaliza os salários e o orçamento da Segurança Social), seja pelo aproveitamento que o patronato procura fazer, para recusar aumentos de salários”.
Sindicatos dão conta de que a existência de perturbações no fornecimento de componentes “não pode ser motivo para que multinacionais como a Bosch, a Fico Cables, a Apico ou a Continental Mabor, entre outras, usem e abusem do lay-off, quando se admite que o problema da falta de componentes reside numa guerra entre empresas”.
“Perante qualquer tentativa de aproveitamento patronal, seguindo uma linha que procura tornar normal o recurso a uma medida extraordinária, como é o lay-off, a Fiequimetal exige a rápida intervenção do Governo, no sentido de evitar situações de aproveitamento dos recursos da Segurança Social”, frisa.
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