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Mundial 2022. Seleções recuam no uso de braçadeiras de capitão com cores da bandeira LGBT

As decisões chegaram depois FIFA, federação internacional que organiza a competição, ter informado que a utilização daquelas cores poderia resultar em sanções.
epa09864080 FIFA president Gianni Infantino (L) and the Emir of Qatar Sheikh Tamim bin Hamad al-Thani on stage at the start of the main draw for the FIFA World Cup 2022 in Doha, Qatar, 01 April 2022. EPA/NOUSHAD THEKKAYIL
21 Novembro 2022, 17h46

Sete seleções, todas elas europeias, fizeram saber esta segunda-feira que, ao contrário do que tinham planeado, os respetivos capitães não vão usar braçadeiras de capitão com as cores da bandeira do movimento LGBT, nos jogos do Campeonato do Mundo do Qatar. As decisões chegaram depois FIFA, federação internacional que organiza a competição, ter informado que a utilização daquelas cores poderia resultar em sanções.

O tema muito discutido nas últimas semanas, mas agora parece mesmo estar fechado. Em causa estavam as seleções de Inglaterra, Gales, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Países Baixos e Suíça, que tinham mostrado intenção de usar aquelas braçadeiras de capitão, em prol da promoção da diversidade e inclusão.

“Estávamos preparados para pagar multas que por norma se aplicam quando existem erros nos equipamentos [dos atletas] e tínhamos um grande comprometimento em usar as braçadeiras. Porém, não podemos pôr os nossos jogadores numa situação em que possam ser sancionados ou até forçados a abandonar o terreno de jogo”, disseram as federações nacionais, num comunicado conjunto.

De recordar que a competição teve início no domingo em Al Khor, no Qatar, país onde, a título de exemplo, a homossexualidade é proibida em quaisquer circunstâncias, sendo punível com pena de prisão.

“Horas antes do primeiro jogo, foi tornado claro para nós, da parte da FIFA (oficialmente) que o capitão receberá um cartão amarelo se usar a braçadeira de capitão ‘OneLove'”, disse a federação de futebol dos Países Baixos, em comunicado.

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