Fundador da N26: “Vamos reinvestir todo o dinheiro que nos chega para o nosso produto”

Maximilian Tayenthal voltou a subir ao palco principal da Web Summit, desta vez para falar sobre a nova ronda de financiamento, onde a empresa quer reinvestir todo o dinheiro que recebe para os novos produtos e melhorias necessárias.

O co-fundador da maior fintech mundial, N26, já presença habitual na conferência tecnológica portuguesa, admitiu ainda que o N26 vai chegar ao Brasil no próximo ano, estando assim em mais de 26 mercados mundiais e contando com mais de sete milhões de utilizadores da sua plataforma. A auxiliar estes números, a equipa de Tayenthal soma mais de 1.500 trabalhadores divididos por dez escritórios para assegurar que toda a operação corre sem sobressaltos.

Há cerca de duas semanas, a N26 arrecadou mais 900 milhões de dólares numa ronda de financiamento da Série E, um valor que permitiu que a avaliação da fintech subisse até aos nove mil milhões de dólares. Para o fundador, o primeiro ponto central é sempre a confiança dos clientes e o objetivo é a construção de um banco global, embora “agora saibamos que não precisamos de chegar a todos os países”. “Temos de nos focar nos mercados onde estamos e continuar a desenvolver os serviços que já temos para continuar a melhorar”.

“Com este financiamento vamos continuar a construir o nosso produto, empregar mais mil pessoas e ir mais longe nos mercados onde já estamos inseridos. Vamos reinvestir todo o dinheiro que nos chega diretamente para o nosso produto”. Atualmente, e acordo com o próprio Tayenthal, as subscrições são a maior parte do negócio, com o fundador a destacar este modelo como uma conta premium, onde os utilizadores têm direito a um cartão especial e o banco “esquece certas taxas”.

A dupla de fundadores Valentin Stalf (CEO) e Maximilian Tayenthal, um dos modelos a trabalhar após a ronda de financiamento é o trading. De acordo com Tayenthal, este é um modelo há muito apetecido pela equipa, e esta pode ser agora a altura ideal para apostar.