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“Na Padaria premeia-se o empenho e o desempenho”

Segundo a diretora de Recursos Humanos, na empresa, além do salário, são atribuídos prémios de desempenho. E não é raro alcançá-los.
22 Dezembro 2018, 11h00

Aprender, experimentar e inovar são os conceitos chave da Academia de Formação.

O CEO da Padaria causou polémica no ano passado quando disse que 25% dos trabalhadores recebem o salário mínimo “em regime de transição”.

Qualquer pessoa que comece hoje como operador de balcão arranca com o salário mínimo, mas dependendo do seu desempenho poderá subir para uma função utilizando, para isso, os recursos da academia, o que lhe permitirá evoluir na função e na remuneração. Para além do salário, há prémios mensais e não é raro alcançá-los. Claro que todos nós gostávamos de compensar melhor, mas a verdade é que o negócio da pastelaria tem margens relativamente pequenas.  Esta academia vem dar ferramentas às pessoas para que elas possam construir o seu próprio percurso dentro da empresa, evoluir profissionalmente e, por via disso, também, evoluir na remuneração.

Em concreto o que traz a academia de novo à empresa?

Há oito anos que a Padaria Portuguesa existe e sempre houve uma estrutura mínima em termos de acolhimento de novas pessoas, mas este projeto é a concretização de um sonho antigo, o sonho de quem acredita na formação enquanto atividade central na criação de valor das empresas. O que a academia vem trazer de novo é uma abordagem estruturada da forma como praticamos os nossos conhecimentos e como adquirimos novas competências. A academia é uma estrutura pensada atendendo aos objetivos do negócio, pois se queremos ser a Padaria preferida dos portugueses, também temos que ser a empresa preferida das nossas pessoas. No fundo, a academia faz um upgrade de todas as abordagens de aprendizagem praticadas na empresa, pois o desenvolvimento de competências comportamentais e interpessoais é algo que não existiu de forma recorrente até agora.

O que vão trabalhar fundamentalmente?

A academia vai operacionalizar todas as competências que as nossas pessoas já têm e trabalhar aquelas competências que precisam ser mais desenvolvidas, quer por necessidades do negócio quer por necessidades das próprias pessoas. Vivemos num tempo em que as necessidades das pessoas são mais da ordem do ser do que do ter. Assim, temos que dar às nossas pessoas alguma coisa que seja boa para elas e não apenas para a empresa.

A quem se destina a academia?

Aos nossos trabalhadores, mas não lhe escondo que é nosso desejo a médio prazo estender a oferta a clientes externos. Há empresas que têm academias de formação em que 80% da oferta é para o exterior, mas não é isso que queremos fazer. No futuro, queremos ter uma proporção 80/20, dos quais os 80% serão colaboradores nossos. Mas isso será um segundo passo.

Quando poderá ser dado?

Eu diria que é possível fazer os primeiros ensaios no verão.

Qual é o primeiro projeto da academia?

É um projeto de formação corporativa transversal para todas as pessoas das operações de loja, que se chama “Sorria está a ser filmado”. Foi lançado em outubro. Destina-se a treinar as competências das pessoas e alinhá-las num objetivo grande do negócio que é a questão da simpatia. A simpatia é um dos nossos ingredientes-chave. Não é para remediar algo que está a correr mal, é no sentido de treinar, de uma forma consistente as pessoas, quer por necessidades individuais quer por necessidades organizacionais.

O que compreende a vossa oferta?

O portefólio que inaugura a Academia contempla vários temas: corporativos, técnicos, comportamentais, de liderança, entre outros. A diversidade também carateriza os suportes utilizados: presencial, e-learning, b-learning, bem como as técnicas e metodologias pedagógicas.

Quais são os vossos argumentos para atrair e reter o talento?

Na Padaria permeia-se o empenho e o desempenho. Da mesma forma que não temos problemas em acolher pessoas que não tenham background de restauração, mas que tenham empenho e atitude, nós damos a parte técnica.

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