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Namíbia. Galp prepara novos furos e está em negociações para parceiro

A petrolífera nacional deu hoje mais novidades sobre os seus projetos na Namíbia.
Galp
22 Julho 2024, 11h11

A Galp está a preparar novos furos na Namíbia e está em negociações para um parceiro para a ofensiva no país da África austral.

O CEO Filipe Silva avançou hoje que a empresa prepara-se para realizar “quatro novos poços no quarto trimestre” deste ano.

“Estamos em discussões preliminares com potenciais parceiros”, acrescentou na call com analistas esta segunda-feira.

O gestor adiantou que não pode revelar muito mais neste momento.

Os lucros da Galp subiram 23% no primeiro semestre deste ano para os 624 milhões de euros face a período homólogo, anunciou hoje a companhia.

A companhia também anunciou que vai propor aos acionistas uma subida do dividendo por ação de 4%: 56 cêntimos por ação, relativo aos resultados de 2024, com o pagamento de um dividendo interino de 28 cêntimos em agosto.

O EBITDA manteve-se em linha com o registado há um ano: 1.788 milhões de euros, com o cash flow a subir 13% para atingir 1.205 milhões de euros, “refletindo uma performance operacional robusta durante o período e excluindo qualquer contribuição do projeto Coral Sul na Área 4 em Moçambique”.

Por segmento, o upstream registou uma subida de 3% para 1.100 milhões de euros; o comercial subiu 2% para 142 milhões; o industrial&midstream valorizou 1% para 530 milhões; as renováveis recuaram 79% para 14 milhões.

Por segmentos, o upstream foi suportado por “níveis de produção resilientes e pelo custo competitivo do portefólio brasileiro”; no industrial&midstream, o resultado foi suportado com a maior utilização do sistema de refinação e a continuação da forte contribuição midstream nomeadamente do petróleo e gás; no comercial, o resultado foi sustentado com a “contribuição resiliente das atividades ibéricas e a recuperação da contribuição de África”; nas renováveis, o resultado foi penalizado pela “pressão alta colocada sob os preços de eletricidade na Ibéria”, tendo a companhia colocado mais 100 MW em operação para um total de 1,5 gigas na Ibéria.

Já o Capex líquido afundou 81% atingindo 61 milhões, com o Capex orgânico a destinar-se “a projetos upstream em desenvolvimento no Brasil, nomeadamente Bacalhau e a campanha inicial na Namíbia”.

Por sua vez, a dívida líquida recuou 17% face ao final de 2023, tendo em conta dividendos a interesses não controláveis, dividendos pagos a acionistas e recompra de ações.

“A Galp completou a venda dos ativos angolanos e anunciou o desinvestimento da Área 4 em Moçambique. Estas ações permitem-nos cristalizar valor, reduzir risco e foco em projetos de retorno elevado alinhados com a estratégia da Galp: continuar a eliminar risco e fazer crescer o upstream com projetos low cost e de baixo carbono, enquanto transformamos as nossas posições integradas no downstream e midstream”, disse em comunicado o CEO Filipe Silva.

A companhia salientou que os investimentos atingiram 241 milhões de euros, dirigidos sobretudo ao projeto de Bacalhau no Brasil, e aos projetos de baixo carbono em Sines, com a construção da unidade avançada de biocombustíveis.

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