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“Não há barcos no mercado”. Como António Costa justificou falhas na Transtejo no Parlamento

Primeiro-ministro reagiu a questões sobre o ponto da situação da renovação da frota da Transtejo, que hoje, dia 11 de dezembro, registou mais um episódio, com uma embarcação sobrelotada no Seixal, que originou o protesto dos clientes.
  • Transtejo
11 Dezembro 2018, 18h30

“Não posso ter hoje os barcos que vou ter em 2020. Se a encomenda tivesse sido feita pelo anterior Governo, já podiam estar a navegar. Já tentámos alugar barcos como como os comboios, mas não há barcos no mercado que possam ser alugados”, explicou há minutos o primeiro-ministro António Costa do debate quinzenal com o Governo que decorreu na Assembleia da República.

“Até lá, temos de ir gerindo”, admitiu o chefe de Governo, não se sabendo se o ‘até lá’ é até haver barcos no mercado para alugar ou se se refere ao ano de 2020, quando estão previstos chegar os primeiros barcos novos resultantes do concurso público para aquisição de novas embarcações que a Transtejo já foi autorizada pelo Governo a fazer para superar os problemas criados pela frota atualmente deficitária.

António Costa reagiu a questões colocadas pelas deputadas Catarina Martins (Bloco de Esquerda) e Heloísa Apolónia (PEV – Partido os Verdes) sobre o ponto da situação da renovação da frota da Transtejo, que hoje, dia 11 de dezembro, registou mais um episódio, com uma embarcação sobrelotada no Seixal, que originou o protesto dos clientes.

Heloísa Apolónia relembrou que “há barcos parados na Lisnave que podiam estar a funcionar enquanto os novos não vêm”.

Por seu turno, António Costa reclamou que o Governo está a investir 18 milhões de euros na reparação de barcos na Transtejo e prometeu que serão abertos mais concursos em janeiro.

A inexistência no presente momento de barcos no mercado mundial que possam ser alugados pela Transtejo já tinha sido revelada por João Pedro Matos Fernandes, ministro do ambiente e da transição energética, numa recente entrevista ao ‘Expresso’.

 

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