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“Não há crise, nem mini crise, nem nano crise”, sublinha Costa sobre Mário Centeno

Segundo o primeiro-ministro não existe crise política nem “conflito interno” com o ministro das Finanças: “Segue tudo normalmente a nível político”.
  • António Costa e Mário Centeno
    Mário Centeno e António Costa na residência oficial do primeiro-ministro
15 Maio 2020, 19h11

O primeiro-ministro falou novamente sobre a alegada crise política entre o presidente da República e o ministro das Finanças, Mário Centeno. António Costa deixou claro: “Não há crise, nem mini crise, nem nano crise. Tudo segue normalmente a nível político”, afirmou esta sexta-feira, escusando-se ainda a fazer qualquer comentário sobre a conversa que teve com Marcelo Rebelo de Sousa. Em causa está a polémica causada pelo pagamento de um cheque de 850 milhões de euros ao Fundo de Resolução para a injeção de capital no banco.

Relativamente à queda de 2,4% do PIB no primeiro trimestre, o primeiro-ministro reafirma que a “é evidente que o impacto desta crise sanitária e da paralisação obrigatória de muitos setores provocou uma quebra abrupta na nossa economia”.

“Tendo em conta aquilo que foi a queda do conjunto da zona euro e parceiros económicos, vamos te um ritmo de recuperação muito condicionado com o ritmo de recuperação dos outros países, desde logo a vizinha Espanha”, disse, em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros.

“O esforço interno vai ter que ser muito superior e é por isso que é muito importante termos sucesso nesta estratégia de desconfinamento. Temos que o fazer sem deixar descontrolar a pandemia, sem por em causa a saúde dos portugueses, mas retomando a atividade económica para que o desemprego não continue a crescer e a atividade económica a cair”, disse o primeiro-ministro.

Apesar de confiante em relação ao estado epidemiológico da pandemia do novo coronavírus em Portugal, António Costa reconhece que que só “na próxima segunda-feira” haverá dados sobre os primeiros 15 dias do desconfinamento, porém acrescenta que as decisões têm que ser tomadas “com dias de antecedência”, para que tudo possa estar preparado no dia da abertura prevista.”Volto a reafirmar o que disse, se for preciso corrigir, corrigiremos, mas há boas razões para estarmos confiantes”, disse acrescentando que as lojas, restauração e escolas estão “preparadas” para receber todos “em segurança”.

Segundo o primeiro-ministro, os requisitos do “robustecimento do SNS e disponibilização abundante de máscaras e álcool e gel desinfetante” estão “preenchidos” e que isso permite avançar para a segunda fase do plano de desconfinamento.

 

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