Sobre o problema da falta de casas para a habitação e o papel do crédito bancário no aumento da oferta, João Pedro Oliveira e Costa recusa que seja a dificuldade de acesso ao crédito que está na origem do problema e disse mesmo que “os bancos têm sido atores da solução e por isso não vejo que teremos aí nenhum papel adicional”.
“Várias das nossas construtoras desapareceram há uns anos atrás na última crise”, referiu o presidente do BPI.
O banqueiro lembrou que não há casas em construção e em quantidade. Citando especialistas do sector, o CEO do BPI disse que faltam entre 80 a 100 mil casas, e defendeu a “industrialização da construção de casas”.
“Nâo vamos conseguir nenhuma solução a curto prazo, será sempre a médio prazo, mas se continuarmos a discutir e não começarmos já, vamos continuar a não ter casas daqui a cinco anos”, disse ainda.
A máquina do Estado tem de ser “mais ágil”, pois entre a data da compra do terreno e a altura para começar construir o tempo que medeia é significativo, o que se traduz num impacto de capital elevado, e que, acrescido dos juros, faz com que os preços das casas cheguem aos clientes finais muito mais caras, defendeu João Pedro Oliveira e Costa.
Recentemente especialistas do sector do imobiliário disseram “que vemos muitas famílias a tentarem comprar casa que depois de simulações e taxas de esforço desistem”.
O CEO lançou uma pergunta, “não haverá nada para fazer nas regras do mercado de arrendamento que realmente o tornasse mais atrativo?”
O presidente do BPI criticou a alteração sistemática das regras do arrendamento.
“É estranho que em Portugal não haja um significativo mercado de arrendamento”, referiu.
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