Paulo Carmona já estava a pensar na reforma e no tempo extra que iria passar com os seus netos quando foi convidado por Maria da Graça Carvalho para liderar a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). Não conseguiu recusar o convite da ministra do Ambiente, apesar de a entidade ser uma das mais criticadas pelos promotores de energias renováveis pela demora no licenciamento dos projetos. Mas o problema é mais profundo.
A DGEG é uma direção-geral com limitações estruturais no seu funcionamento, incluindo barreiras na forma como pode gerir as suas receitas, não conseguindo dar resposta à avalanche de projetos e com dificuldades para atrair profissionais qualificados, dada a desvantagem nos salários face ao setor privado. Nove meses após a sua nomeação, encara o cargo com um espírito de missão para ajudar a DGEG a fazer cumprir o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC), as metas de energias renováveis do país até 2030, com muitos desafios pela frente.
Há quem critique as barragens e as centrais a gás natural, mas salvaram o país do apagão no dia 28 de abril.
A realidade é importante para deixarmos os sonhos de lado. Foram as hídricas, as velhas hídricas, que aguentaram grande parte do reforço do sistema. Nas primeiras horas, 70% a 80% da recuperação da produção foi através das barragens. Não só lá em cima no Norte, como também na Aguieira ou Castelo de Bode, o Alqueva mais tarde. Foram essas que permitiram a grande recuperação. A Tapada do Outeiro só começou a funcionar a partir das 18h30/19h00.
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